“Cadeia é coisa do teu pai”
"Cassação ou cadeia? Ou melhor, ambas as coisas!", provocou Zeca Dirceu nas redes sociais. O senador Sergio Moro respondeu com uma menção ao pai do deputado
O senador Sergio Moro (União-PR, foto) rebateu o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) em troca de mensagens no X, ex-Twitter. O petista sugeriu que o ex-juiz da Lava Jato pode vir a ser preso por conta da representação apresentada pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão.
“Cassação ou cadeia? Ou melhor, ambas as coisas! Agora, Moro terá que explicar o inexplicável e o fará também na esfera criminal. Justiça seja feita!”, disse Dirceu.
Moro respondeu com uma menção ao pai do deputado, o ex-ministro José Dirceu, que passa por uma artificial reabilitação política após ter sido condenado e preso pelo mensalão e pelo petrolão: “Cadeia é coisa do teu pai”.
CNJ
O relatório do corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Felipe Salomão, sobre a “correição extraordinária” na 13ª Vara de Curitiba, onde tramitam os processos da Operação Lava Jato, acusa Moro, a juíza afastada Gabriela Hardt e o ex-procurador Deltan Dallagnol de terem se unido para “promover o desvio” de 2,5 bilhões de reais para criar “uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”, com a ajuda de gerentes da Petrobras e de agentes públicos.
Salomão ecoa uma narrativa de detratores da Lava Jato, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Na terça-feira, a maioria dos conselheiros do CNJ votou para revogar o afastamento de Hardt e do juiz Danilo Pereira, atual titular da Lava Jato, que haviam sido determinados pelo corregedor em decisão monocrática. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, proferiu um duro voto contra essa decisão, na qual apontou “perversidade”.
E Moro?
Foram mantidos os afastamento dos desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Lenz Loraci Flores De Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que atuaram na Operação Lava Jato. Mas o corregedor, que chegou a levantar a possibilidade de que Hardt cometeu crime de peculato, não conseguiu abrir os processos administrativos disciplinares pretendidos contra os quatro, porque Barroso pediu vistas.
O caso de Moro ficou para outra hora, pois Salomão decidiu desmembrar o caso em que também pede abertura de PAD para o senador, para apressar o encaminhamento dos outros processos.
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