Brasil é o segundo país mais atacado por hackers no mundo
Descubra como o Brasil se tornou foco de ataques cibernéticos em 2024, impactando principalmente telecomunicações e dados.
Recentemente, o Brasil foi destacado novamente como um dos maiores alvos de ataques cibernéticos na América Latina e um dos principais focos no cenário global. De acordo com o último Relatório de Inteligência de Ameaças da NetScout, empresa líder em soluções de cibersegurança, o país sofreu um aumento de 8,86% no número de ataques, comparando o segundo semestre de 2023 com o primeiro semestre do mesmo ano.
Setores mais afetados e a predominância dos ataques
O aumento expressivo no número de ataques cibernéticos preocupou diversos setores, especialmente a telecomunicação sem fio, que liderou com surpreendentes 82.065 ataques. Esse número representa um salto de 142.47% em relação ao semestre anterior, seguido pelo transporte de cargas e processamento de dados, que também registraram números altos, mas com poucas variações em relação ao último relatório.
Como os ataques cibernéticos estão evoluindo no Brasil?
Os dados alarmantes refletem uma tendência preocupante no aumento e sofisticação dos ataques hackers. A média de tempo que os criminosos conseguem permanecer nos sistemas invadidos é de cerca de 29 minutos — tempo suficiente para causar danos significativos e extrair volumes consideráveis de dados sensíveis.
O impacto comparativo na América Latina e no cenário global
Comparado com outros países da América Latina, o Brasil sofreu aproximadamente 4,3 vezes mais ataques que a Argentina e 4,6 vezes mais que o Peru. No âmbito global, o Brasil é o segundo país com mais incidências, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e seguido pela Coreia do Sul. Esta posição de destaque não é positiva, refletindo a necessidade urgente de fortalecer as medidas de proteção e segurança digital.
Principais vetores de ataque e a estratégia dos criminosos
O relatório elaborado pela NetScout aponta 26 diferentes vetores de ataques utilizados pelos hackers. Entre eles, destacam-se técnicas como TCP ACK, amplificação DNS, TCP RST, além de amplificação TCP SYN/ACK e ICMP. Estas técnicas ilustram a complexidade e a diversidade dos métodos aplicados para comprometer a integridade dos sistemas das empresas e instituições, demonstrando que não há um único foco para aprimorar, mas um conjunto amplo de vulnerabilidades que precisam ser endereçadas.
Os ataques DDoS, cujo objetivo é tornar os sistemas alheios indisponíveis, continuam sendo uma ferramenta comum e eficaz para causar disrupção e prejuízos. A persistência e evolução constante dessas ameaças exigem um acompanhamento contínuo e uma resposta rápida e eficaz dos profissionais de segurança da informação.
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