Brasil dividido sobre a possível prisão de Bolsonaro
Pesquisa divulgada pela Genial/Quaest nesta sexta-feira indica que 41% dos brasileiros acreditam na prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (foto) como resultado da investigação sobre...
Pesquisa divulgada pela Genial/Quaest nesta sexta-feira indica que 41% dos brasileiros acreditam na prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (foto) como resultado da investigação sobre a venda de joias recebidas de governos estrangeiros por aliados do ex-presidente.
Por outro lado, 43% acreditam que Bolsonaro não vai ser preso e 16% não opinaram. Ou seja, o país está dividido mais uma vez.
Seguindo o levantamento, 66% dos brasileiros estão acompanhando as notícias sobre a venda das dos presentes recebidos de governos estrangeiros.
A pesquisa também dividiu eleitores de Lula e Bolsonaro em um dos questionamentos. Para 68% daqueles que votaram no direitista, ele não deveria ser detido — 19% acham que sim e 13% não responderam. Já 62% dos eleitores do petista acreditam que o ex-presidente deve ser preso; 24%, que não.
Na noite desta quinta-feira (17), o advogado do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, disse que seu cliente vai confessar que participou do esquema de compra e venda das joias recebidas como presentes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o seu mandato.
O defensor Cezar Bitencourt explicou que Cid não vai acusar o ex-presidente diretamente, mas que apenas seguiu ordens.
“Não vou falar [que foi a pedido de Bolsonaro], isso está implícito. Assessor obedece ordens, assessor não tem autonomia para o que quiser. O que ele faz? Ele assessora. Segue o caminho do chefe. ‘Resolve esse problema’, ele vai resolver. ‘Faz isso’, e ele vai fazer. Qual o interesse ele teria em fazer isso [vender e comprar as joias]? Nenhum, né?”, disse Bitencourt, explicando que não vai acusar diretamente o ex-presidente da República.
Defesa de Bolsonaro
À Folha de S. Paulo, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, disse que a confissão de Cid não muda nada a situação do ex-presidente e que a venda das é autorizada pela Lei 8394, de 1991. “Os documentos que constituem o acervo presidencial privado são na sua origem, de propriedade do presidente da República, inclusive para fins de herança, doação ou venda”, diz o artigo 2º da legislação.
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