Boulos vai ao TRE após Marçal apresentar suposto laudo
Defesa do psolista afirma que a campanha de Marçal é “digna de um psicopata” e pede remoção de publicações das redes
A campanha de Guilherme Boulos (foto) entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo pedindo medidas contra o suposto receituário que trata da internação do candidato do PSOL em decorrência do uso de cocaína.
Na representação ao TRE, a defesa do psolista pede “a remoção de publicações realizadas pelo candidato Pablo Marçal em suas redes sociais que utilizam documento falso, fabricado, para difundir fato notoriamente inverídico, uma mentira fabricada para atentar contra a normalidade e o equilíbrio do pleito”.
Afirma ainda que a campanha de Marçal é “digna de um psicopata que se coloca acima das leis e instituições” e cita o uso de um homônimo pelo candidato do PRTB para tentar ligar Boulos ao uso de cocaína.
Também aponta inconsistências no documento apresentado por Marçal, como o número errado do RG do candidato do PSOL. As inconsistências vão desde erros como a frase “por minha atendido” até a palavra “cocaína” escrita sem o acento.
O Instagram removeu a publicação de Marçal.
Como mostramos, Boulos respondeu com uma transmissão ao vivo no Instagram a acusação do empresário e afirmou que o documento divulgado pelo seu adversário é falso. O político acrescentou que o número do documento exibido na receita está incorreto.
“Espero que a Justiça seja rápida, tanto a Justiça Eleitoral, cassando o post dele e tomando todas as medidas cabíveis, como a Justiça Criminal, respondendo ao pedido de prisão, tanto do Pablo Marçal como do dono da clínica farsante”, disse Boulos.
Dono de clínica foi condenado por falsificação
O biomédico Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica responsável pelo receituário apresentado por Marçal, foi condenado em 2021 por usar documentos falsos para obter o registro profissional de médico.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, Teixeira Júnior apresentou ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul um diploma de graduação em medicina e uma ata de colação de grau falsos supostamente emitidos pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos. A instituição nega que ele tenha sido aluno do curso.
O fato de a faculdade ter sido renomeada como Centro Universitário Serra dos Órgãos foi outro elemento que indicou tratar-se de um documento falsificado. Ele teria pago R$ 27 mil aos falsificadores.
Luiz Teixeira da Silva Júnior foi sentenciado a 2 anos e quatro meses de prisão, inicialmente em regime semiaberto. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou a condenação, mas a substituiu por uma pena restritiva de direitos.
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