Bonner, sobre debate: “Acho que precisa de uma nova abordagem”
Mediador do último debate entre os candidatos à Presidência da República, William Bonner (foto) disse à coluna de Ancelmo Gois, no Globo, que o embate da última quinta-feira “inaugurou um novo tempo, em que candidatos sem nada a perder podem...
Mediador do último debate entre os candidatos à Presidência da República, William Bonner (foto) disse à coluna de Ancelmo Gois, no Globo, que o embate da última quinta-feira “inaugurou um novo tempo, em que candidatos sem nada a perder podem se dedicar a sabotar a dinâmica previamente combinada”.
Durante o debate, Bonner repreendeu Padre Kelmon por não respeitar as regras do debate e viu-se obrigado a interromper uma discussão entre o candidato do PTB — partido de Roberto Jefferson — e Lula.
“A verdade é que o nível de tensão desses debates presidenciais tem aumentado a cada eleição. E não é uma coincidência que isso se dê simultaneamente com o surgimento e o crescimento das redes sociais. A intolerância belicista que elas alimentam se dissemina para fora do universo digital, virtual. E é claro que a política é o ambiente para a tempestade perfeita. Mas nós estamos aprendendo todos os anos. Todos os dias”, afirmou Bonner.
O apresentador do Jornal Nacional defendeu ainda que Justiça Eleitoral reveja a regra que assegura que todos os candidatos de partidos com representação de no mínimo cinco parlamentares no Congresso Nacional devem ser convidados para os debates.
“Pessoalmente, acho que esta questão terá que ser abordada de agora em diante, no sentido de preservar o valor de um debate entre candidatos para o esclarecimento dos eleitores.
Hoje, a lei eleitoral obriga as emissoras a convidar candidatos de partidos que tenham ao menos meia dúzia de parlamentares. Isso aumenta muito o número de participantes. Talvez seja o caso de estabelecer uma regra que aumente a exigência de representatividade política para que um candidato participe dos debates.”
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