Bolsonaro vê ação do PT para barrar Eduardo em comissão
Para o ex-presidente, adversários querem "criar constrangimento, ou instruir ação judicial para impedi-lo de assumir a Comissão de Relações Exteriores"
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou nas redes sociais para questionar a possibilidade de apreensão do passaporte de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se vê no centro de uma investida política liderada pelo deputado doPT Lindbergh Farias (RJ), acompanhado pela bancada petista.
O partido entrou com uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), acusando o parlamentar de crimes contra a soberania nacional durante uma viagem aos Estados Unidos.
Para Bolsonaro, os adversários políticos querem “criar constrangimento, ou instruir ação judicial para impedi-lo de assumir a Comissão de Relações Exteriores”.
O PT já admite a possibilidade de abrir mão da Comissão de Educação – a primeira opção para o partido – em favor de uma estratégia que visaria barrar Eduardo Bolsonaro na presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden). Nesse cenário, o partido de Lula tenta selar uma aliança com o PSDB ou com outra legenda de centro, para garantir que o cargo não caia nas mãos do clã bolsonarista.
Risco à vista ?
O PT enxerga na ascensão de Eduardo à Comissão de Relações Exteriores o risco de ampliação no diálogo entre o clã bolsonarista e o governo norte-americano, chefiado por Donald Trump.
Tranquilidade de Bolsonaro
Como mostrou o Antagonista, o ex-presidente Jair Bolsonaro está tranquilo sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), que o acusa de ter tentado dar um golpe de Estado. É o que afirmam deputados que estiveram com Bolsonaro na última semana. O motivo seria a certeza de que o presidente norte-americano, Donald Trump, já está pressionando o Brasil contra a atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Para o grupo de aliados do ex-presidente, tanto a visita do advogado Pedro Vacca, ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), quanto os processos das plataformas Rumble e Trump Media contra Moraes, além da aprovação em comitê do projeto de lei para barrar o ministro e outras autoridades brasileiras de entrarem nos EUA, refletem o desejo de Donald Trump sobre a relação atual com o Brasil.
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