Bolsonaro transforma ONU em palanque
Jair Bolsonaro usou seu quarto discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para defender as ações de seu governo no combate à pandemia de coronavírus e no enfrentamento da corrupção...
Jair Bolsonaro usou seu quarto discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para defender as ações de seu governo no combate à pandemia de coronavírus e no enfrentamento da corrupção. O presidente brasileiro, que abre o dia de discursos, disse que sua gestão “não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos” durante a crise de saúde. Além disso, “extirpou a corrupção sistêmica que existia em nosso país”.
Sem citar nomes, Bolsonaro fez menções ao PT e a Lula, seu adversário nas eleições. “Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares”, disse. “O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.”
Ele ainda afirmou que esse seria “o Brasil do passado.” Entre as realizações de seu governo, o presidente mencionou o aprimoramento dos serviços públicos, “com redução de custos e investimento em ciência e tecnologia”, destacando uma “abrangente pauta de privatizações e concessões, com ênfase na infraestrutura”. “Concluímos o projeto de transposição do Rio São Francisco, levando água para o Nordeste brasileiro. Adotamos novos marcos regulatórios, como o do saneamento básico, o das ferrovias e o do gás natural”, seguiu Bolsonaro.
O presidente brasileiro também chamou atenção para números que indicam a retomada da economia no país e a redução nos preços da gasolina e da energia elétrica. “O PIB brasileiro aumentou 1,2% no segundo trimestre. A projeção de crescimento para 2022 chega a 3%”, disse, acrescentando que “em matéria de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo”. O tema ambiental ocupou boa parte de seu discurso.
Bolsonaro também usou a crise econômica na Venezuela e a perseguição de padres na Nicarágua para marcar posição em relação a seus adversários de esquerda no Brasil. E encontrou espaço para mencionar as manifestações em seu apoio durante o 7 de Setembro: “O Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira“. “Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade”, finalizou.
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