Bolsonaro: “Se eu fosse pensar em mim, estaria fora do Brasil”
Ex-presidente se reune com bancada do PL e pede coesão na escolha de Hugo Motta e Davi Alcolumbre

Jair Bolsonaro (foto) discursou neste sábado, 1º, durante reunião com a bancada do PL, para alinhar apoio a candidatos da sigla em pleitos importantes no Congresso. O ex-presidente pediu coesão na escolha de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado.
Em seu discurso, ele também fez um apelo para que seus aliados reforcem a defesa de seu governo e que destaquem as conquistas da sua gestão.
“Se eu fosse pensar em mim, eu estaria fora do Brasil, mas jamais vou abandonar esse nosso país aqui”, afirmou.
Ao pedir coesão na escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, ele ressaltou que, embora não houvesse um candidato da oposição com chances, o mais importante seria ocupar espaços estratégicos para garantir que a oposição pudesse barrar projetos do governo Lula.
A pressão de apoiadores nas redes sociais por votos em Marcos Pontes (PL-SP) e Marcel Van Hattem (Novo-RS) também foi abordada.
Bolsonaro afirmou que, se os parlamentares não ocupassem comissões importantes, poderiam ser responsabilizados caso projetos do governo Lula fossem aprovados.
O ex-presidente também cobrou o reconhecimento pelo lançamento do Pix, criada em 2020.
“Se a facada, lá em Juiz de Fora, fosse fatal, o Haddad seria o presidente da República. E eu acho que a gente não estaria discutindo nada. É igual o pessoal do Pix, que foi um choque para o atual governo, mas algumas pessoas não falaram quando nasceu o Pix, que foi no governo de 2020, em plena pandemia.”
O acordão do PL
Como mostrou O Antagonista com exclusividade, deputados do PL, com apoio de integrantes do Centrão, querem esvaziar a Lei da Ficha Limpa para reabilitar politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2026. Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade, em duas ações, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A ideia – segundo o que apurou O Antagonista – é aprovar um projeto de lei complementar de autoria do deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) que reduz de oito anos para apenas dois anos o período de inelegibilidade em condenações por abuso de poder político ou econômico durante as eleições.
Bolsonaro já tem duas condenações junto ao TSE: uma por abusos na reunião com embaixadores às vésperas do primeiro turno e outra por uso eleitoreiro do desfile cívico de 7 de setembro.
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Comentários (2)
Márcio Roberto Jorcovix
01.02.2025 18:19Esta raça maldita (políticos) só ficam pensando em como aumentar seu poder e ganhar dinheiro com isto. O que me surpreende é que tem gente que acredita nestas pragas.
Luis Eduardo Rezende Caracik
01.02.2025 14:08Só para lembrar: O Pix foi gestado na administração Temer.