Bolsonaro relativizou "tráfico de influência" em reunião sobre blindar Flávio Bolsonaro relativizou "tráfico de influência" em reunião sobre blindar Flávio
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Bolsonaro relativizou “tráfico de influência” em reunião sobre blindar Flávio

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 15.07.2024 22:06 comentários
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Bolsonaro relativizou “tráfico de influência” em reunião sobre blindar Flávio

Bolsonaro também se ofereceu para conversar com o as autoridades responsáveis pelas investigações sobre Flávio

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Bolsonaro relativizou “tráfico de influência” em reunião sobre blindar Flávio
Foto: Beto Barata/ PL

O então-presidente Jair Bolsonaro (PL; foto) relativizou o crime de tráfico de influência em reunião com advogados sobre blindar seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de denúncias sobre rachadinha.

Segundo a PF, a gravação foi feita pelo hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O material foi liberado ao público nesta segunda-feira, 15 de julho, pelo ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte dos autos do inquérito da Abin paralela.

“Ninguém gosta de tráfico de influência. A gente quer fazer justiça”, disse Bolsonaro às advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, representantes de Flávio.

Embora o relatório tenha colocado a última palavra da frase do ex-presidente como “inaudível”, a palavra “justiça” é audível no arquivo de áudio.

Também participaram da reunião Ramagem e o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Leia também: “Havia conhecimento de Bolsonaro”, diz Ramagem sobre gravação

O que mais disse Bolsonaro?

Bolsonaro também se ofereceu para conversar com o as autoridades da Receita Federal e da Previdência responsáveis pelas investigações sobre o 01.

Durante a conversa, são citados os nomes de José Tostes, ex-secretário da Receita e então chefe da estatal de processamento de dados do governo, Serpro, e de Gustavo Canuto, ex-ministro de Bolsonaro e que foi transferido para a Dataprev, estatal de processamento de dados da Previdência.

Após Pires sugerir que em tese, com um clique você consegue saber se um funcionário da Receita [inaudivel] esses acessos lá”, Heleno disse que “ele [provavelmente Gustavo Canuto, ex-ministro de Bolsonaro e que cuidava da Dataprev, de processamento de dados] tem que manter esse troço fechadíssimo” e que a operação deveria “pegar de gente de confiança dele. Se vazar [inaudível].”

É quando Bolsonaro assevera. “Tá certo. E, deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa. Que não estamos procurando favorecimento de ninguém.

Ele não falava daquele momento presente — mas era justamente ali que ele estava sendo gravado pelo presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. O áudio, descoberto por policiais federais, teve seu sigilo levantado há pouco pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente e seu núcleo mais próximo de atuação virtual —chamado de “Gabinete do Ódio”— são acusados pela Polícia Federal de ter utilizado a máquina estatal de inteligência em benefício próprio, criando uma espécie de “Abin Paralela” dentro da máquina pública. A denúncia já existia desde o início do governo, (o ex-secretário Gustavo Bebbiano, próximo a Bolsonaro, indicou essa possibilidade em uma entrevista ao Roda Viva, em 2020), mas agora ganha provas robustas, como a gravação que coloca Jair Bolsonaro como alguém interessado em usar da Receita Federal e da Abin para defender as acusações do seu filho.

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