Bolsonaro diz que desvios do PT equivaleram a ’50 transposições’ do Rio São Francisco
Em uma tentativa de avançar sobre o eleitorado lulista, Bolsonaro voltou a fazer vários acenos ao nordestino durante cerimônia alusiva ao ato de liberação das águas do rio São Francisco para o estado do Ceará, realizada há pouco...
Em uma tentativa de avançar sobre o eleitorado lulista, Bolsonaro voltou a fazer vários acenos ao nordestino durante cerimônia alusiva ao ato de liberação das águas do rio São Francisco para o Ceará, realizada há pouco.
Na solenidade, Bolsonaro disse que o nordestino “faz parte do destino do nosso Brasil” e que, se não fossem os desvios do PT, seria possível fazer “50 transposições do Rio São Francisco”.
“Ao longo de 14 anos, [os desvios] daquele partido de esquerda, foram de R$ 900 bilhões e, levando-se em conta que a transposição do São Francisco está orçada em aproximadamente R$ 14 bilhões, equivale que, aquilo [que foi] desviado da Petrobras, ou mal administrado, daria para fazer 50 transposições do São Francisco”, afirmou o presidente da República.
“Olha o atraso que o Brasil experimentou há pouco, com pessoas que ocuparam a presidência que não tinham o menor compromisso com vocês. O compromisso deles era com o próprio bolso e com um projeto de poder”, complementou.
Como mostramos hoje pela manhã, uma das principais metas de Jair Bolsonaro nesta visita ao Nordeste é associar os desvios do PT à sede e à fome na região. Além disso, Bolsonaro tenta parecer mais simpático ao nordestino, por isso, tem intensificado elogios à região.
“Hoje, dificilmente uma família não tem ao seu lado um nordestino. Basta dizer que eu sou paulista e a cidade que tem mais nordestino no Brasil é São Paulo. Vocês fazem parte do destino do nosso Brasil”, declarou o presidente da República.
Mais cedo, como mostramos também, Bolsonaro comparou-se a um nordestino e falou em “meu Nordeste”.
O problema, porém, é que nas intervenções fora das solenidades oficiais, Bolsonaro mostra-se a mesma figura de sempre. Em um cercadinho improvisado em Pernambuco mais cedo, o presidente da República não somente reafirmou que chama seus colegas nordestinos de ‘pau de arara’, como foi além:
“Eu sempre me referi com os amigos, né, cabra-da-peste, pau de arara. Eu me chamo de alemão também, sem problema nenhum. Arataca, cabeçudo, pô, é isso aí, valeu.”
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