Bolsonaro cobra o mesmo tratamento dado a Lula pela Justiça
O ex-presidente Jair Bolsonaro reivindicou, em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, o mesmo tratamento reservado a Lula pela Justiça. "Nós reclamamos porque o nosso processo deveria...
O ex-presidente Jair Bolsonaro reivindicou, em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, o mesmo tratamento reservado a Lula pela Justiça. “Nós reclamamos porque o nosso processo deveria estar correndo na primeira instância, como aconteceu com o Lula e com todos os que já teve problema. Todos. E isso não está sendo respeitado. Por que eu estou [sendo julgado] no Supremo Tribunal Federal? Porque ali não cabe recurso para mim”, protestou.
Bolsonaro disse que não vislumbra ser preso “dentro da lei”, ao comentar a série de investigações judiciais de que ele e seu entorno são alvo no STF. “Eu pergunto aos advogados, e eles me dizem que só se for por uma medida de força. Eu teria que ter um julgamento. Eu seria preso preventivamente? Por quê? Eu não estou obstruindo as investigações, não estou conversando com quem tem medidas cautelares, não estou buscando combinar nada com ninguém, tá certo?”, defendeu-se.
Na entrevista, concedida no hospital após passar por duas cirurgias, o ex-presidente minimizou os impactos da delação premiada de Mauro Cid e deixou em aberto a possibilidade de voltar a comandar o Palácio do Planalto, apesar de dizer que essa não é sua prioridade. Bolsonaro falou até sobre a perspectiva da própria morte.
“Recebi agora imagens, inéditas para mim, de 2018 [no episódio da facada], em que eu estava delirando”, contou. Segundo a reportagem da Folha, seus olhos se encheram de lágrimas nessa hora. “Se eu tivesse morrido, não teria sentido nada. Então essa questão de vida, de morrer, não morrer, ela virá naturalmente. Só peço a Deus que, se for morrer um dia, eu morra sem sofrimento. Diferente do meu pai, que sofreu muito com um câncer. Então essa é a vida”, disse.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)