Bolsonaro: cassar um ministro do STF “não é bom”
Sem mencionar o nome de Alexandre de Moraes, o ex-presidente pediu que o ministro do STF "abaixe um pouquinho a guarda"
Às vésperas da manifestação que convocou para 7 de setembro na avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira, 4, que cassar um ministro do Supremo Tribunal Federal “não é bom”.
Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, do Youtube, Bolsonaro disse que é “humilhante” falar em impeachment e, sem mencionar o nome de Alexandre de Moraes, pediu que o ministro do STF “abaixe um pouquinho a guarda”.
“Peço a Deus que toque o coração dos 11 ministros e os 11 ministros busquem uma alternativa entre vocês. É humilhante falar em impeachment, eu sei disso. Cassar um ministro não é bom. Agora, esse ministro, por favor, abaixe um pouquinho a guarda, tire esse coração de maldade da tua frente”, disse Bolsonaro.
“Eles têm que se ajudar”
“Se a gente conversar particularmente com um ministro ou outro, a maioria está preocupada, fica constrangida. Vai chegar em um canto qualquer e se esconde. Não vai falar. Nós queremos ter o prazer de conversar com um ministro. Todos nós queremos ter o prazer de conversar com um ministro, mas eles têm que se ajudar”, continuou.
“Agora, não é tratando o povo dessa maneira. Não é censurando o X, não é prendendo gente. Não é dessa forma, destruindo famílias”, completou.
Segundo Bolsonaro, decisões como a suspensão “imediata, completa e integral” do X, determinada por Moraes e referendada pela Primeira Turma do STF, geram uma “desconfiança enorme” sobre o STF.
Moderação no 7 de setembro
Como mostramos, a expectativa é que os discursos dos atos de 7 de setembro, na avenida Paulista, sejam moderados e focados em questões “em favor do Estado Democrático de Direito”.
Conforme apurou O Antagonista, há receios de que Moraes estabeleça novas sanções contra alguns dos líderes da manifestação, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. Bolsonaro, por exemplo, é investigado pelo próprio Moraes no inquérito dos atos antidemocráticos.
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