Bolsonaro atuou e planejou para concretização de golpe de Estado, diz PF
O relatório foi entregue nesta terça-feira, 26, pelo ministro do STF Alexandre de Moraes ao procurador-geral da República, Paulo Gonet
A Polícia Federal afirmou, no relatório que indiciou Jair Bolsonaro e mais 37 pessoas, que o ex-presidente “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado”.
O relatório foi entregue nesta terça-feira, 26, pelo ministro do STF Alexandre de Moraes ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.
No parecer, a PF afirma que tanto o planejamento quanto a execução da ameaça golpista foi repassado a Jair Bolsonaro pelo ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid.
“Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”, diz a PF no parecer.
“O intento do grupo criminoso, nesse sentido, resta evidenciado, dentre outros fatos, durante a reunião de cúpula do Poder Executivo Federal, ocorrida em 05 de julho de 2022, treze dias antes da reunião com os embaixadores. Os discursos realizados pelo então Presidente JAIR BOLSONARO e outros integrantes do Governo, como o Ministro da Justiça ANDERSON TORRES, além do ministro da Defesa PAULO SÉRGIO, do ministro do GSI, AUGUSTO HELENO e do Secretário-geral da Presidência em exercício, MARIO FERNANDES, seguiram exatamente a metodologia desenvolvida pela milícia digital, propagando e disseminando alegações sabidamente não verídicas ou sem qualquer lastro concreto, de indícios da ocorrência de fraudes e manipulações de votos nas eleições brasileiras, decorrentes de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação”, informa a PF.
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