Bolsonaristas fazem atos em frente aos quartéis e pedem intervenção militar
Insuflados por influenciadores digitais bolsonaristas, milhares de eleitores inconformados com a vitória do Lula se concentraram na manhã desta quarta-feira (2) em frente aos comandos militares do Leste (Rio de Janeiro), do Quartel General do Exército, em Brasília...
Insuflados por influenciadores digitais bolsonaristas, milhares de eleitores inconformados com a vitória do Lula se concentraram na manhã desta quarta-feira (2) em frente aos comandos militares do Leste, no Rio de Janeiro, do Quartel General do Exército, em Brasília, e pediram intervenção militar e aplicação do artigo 142 da Constituição Federal
Em Brasília, a concentração de apoiadores em frente ao QG do Exército começou ainda ontem à noite, mas aumentou consideravelmente hoje pela manhã. Não há informações sobre número de manifestantes que participam do ato.
No Rio de Janeiro, as manifestações ocorrem na Praça Duque de Caxias. Também foram registrados protestos em frente ao Forte dos Andradas, no Guarujá, Escola de Cadetes, em Campinas, Quartel Geral da 10ª Região Militar, em Fortaleza, 63º Batalhão de Infantaria, em Florianópolis e Comando Militar do Nordeste, em Recife.
Desde a noite de ontem, foram divulgadas convocações em grupos bolsonaristas no Telegram e WhatsApp para que os eleitores contrários à vitória de Lula comparecessem na frente dos quartéis nesta quarta-feira, pedido a aplicação do artigo 142 da Constituição.
O artigo 142 da Constituição diz:
“As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”
Apesar disso, parecer da Câmara, emitido ainda em 2020, trata-se de “fraude ao texto constitucional” a interpretação de que as Forças Armadas teriam o poder de se sobrepor a “decisões de representantes eleitos pelo povo ou de quaisquer autoridades constitucionais a pretexto de ‘restaurar a ordem’”.
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