Barroso, o campeão de ‘milhas’ pela FAB
Presidente do STF foi a autoridade que mais solicitou deslocamento à Força Aérea Brasileira em 2024
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, foi a autoridade que mais solicitou voos em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2024, conforme levantamento realizado pela Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, o magistrado utilizou aeronaves oficiais pelo menos 143 vezes de janeiro a dezembro.
O presidente da Câmara, Arthur lira (PP-AL), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aparecem na sequência, com pelo menos 126 viagens cada.
Eis as 10 autoridade que mais voaram em aviões da FAB no ano passado:
- Luís Roberto Barroso, presidente do STF – 143 voos;
- Arthur Lira, presidente da Câmara – 126 voos;
- Fernando Haddad, ministro da Fazenda – 126 voos;
- Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública – 91 voos;
- aeronaves à disposição do Ministério da Defesa – 91 voos;
- Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos – 79 voos;
- José Múcio Monteiro, ministro da Defesa – 76 voos;
- Renan Filho, ministro dos Transportes – 64 voos;
- Rodrigo Pacheco, presidente do Senado – 63 voos;
- Camilo Santana, ministro da Educação – 52 voos.
A FAB cedeu aeronaves para deslocamento de autoridades ao menos 1.400 vezes em 2024.
Contudo, a Força Aérea ainda não consolidou os dados das viagens de dezembro.
O decreto nº 10.267, de 2020, determina que autoridades podem solicitar voos em aeronaves da FAB em casos de emergência médica, segurança ou viagens a serviço.
Sigilo em voos da FAB
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, em abril, permitir que os voos realizados em aviões da FAB por altas autoridades sejam colocados em sigilo.
A medida é válida para voos solicitados pelo vice-presidente da República, pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo procurador-geral da República.
A posição foi adotada após a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, comandado pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF), solicitar ao TCU realizasse uma auditoria nos gastos com transporte aéreo em aviões da Aeronáutica.
Ao tomar a decisão, o TCU alegou que a divulgação das informações poderia prejudicar a segurança das altas autoridades.
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