Antonio Barra Torres (foto), diretor-presidente da Anvisa, comparou a crise sanitária do povo yanomami, em Roraima, ao Holocausto — genocídio de judeus cometido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, que culminou na morte de seis milhões de pessoas.

A comparação foi realizada durante a reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) da saúde nesta quinta-feira (26).

“Remontam a cenas que só víamos em documentários da Segunda Guerra Mundial, a cenas do Holocausto, quando víamos pessoas com ossos cobertos apenas por pele. E vemos que isso acontece em nosso próprio país. Como se chegou a esse ponto?”, questionou o diretor da Anvisa.

Diante da presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, Barra Torres colocou a equipe da Anvisa à disposição da pasta para auxiliar na crise sanitária.

Segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, 570 crianças yanomamis morreram de desnutrição entre 2019 e 2022. Na sexta-feira (21), o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública para combater a desassistência sanitária aos yanomamis.

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