Banqueiro preso usou HStern para lavar 90 milhões de reais, diz MPF
Como noticiamos mais cedo, a Lava Jato prendeu agora de manhã o banqueiro Eduardo Plass e duas sócias minoritárias. Eles são investigados pelo crime de lavagem de mais de R$ 90 milhões envolvendo a joalheria HStern no Rio de Janeiro...
Como noticiamos mais cedo, a Lava Jato prendeu agora de manhã o banqueiro Eduardo Plass e duas sócias minoritárias. Eles são investigados pelo crime de lavagem de mais de R$ 90 milhões envolvendo a joalheria HStern no Rio de Janeiro.
Plass já havia sido conduzido coercitivamente, no ano passado, quando foi deflagrada a Operação Eficiência, que apurou ocultação de mais de US$ 100 milhões do ex-governador Sérgio Cabral no exterior.
O banqueiro foi presidente do Banco Pactual e é sócio majoritário do TAG Bank, no Panamá, e da gestora de recursos OPUS.
Segundo o MPF, o esquema consistia no recebimento de dinheiro em espécie dos diretores administrativos de uma joalheria em Ipanema. O dinheiro era remetido a offshores e depois para a holding do grupo.
“Para dar aparência de legalidade às transações, a equipe de Eduardo Plass assinava contratos fictícios de empréstimos com os diretores da joalheria, muitos deles com datas retroativas ideologicamente falsas, forjados como se fossem empréstimos entre a empresa The Adviser Investments e as offshores Fleko e Erposition, que recebiam os valores no momento inicial de cada transação.
Assim, durante o período em que se realizaram essas transações ilegais, entre 2009 e 2015, foi cometida uma série de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, pelos diretores da joalheria, que agora colaboram com as investigações do MPF, e pelos investigados Eduardo Plass, Maria Ripper Kos e Priscila Moreira Iglesias.
No total, foram entregues em espécie e transferidos no exterior em dólares os valores equivalentes a U$ 24.371.000,00, em reais, mais de 90 milhões. O MPF pediu o bloqueio deste valor a título de reparação de danos e valor equivalente a título de danos morais, totalizando o valor de R$ 181 milhões.”
Ninguém da joalheria foi alvo da operação de hoje, batizada de Hashtag.
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