Baleia-franca rara é vista no Sul do Brasil
Uma expedição científica registrou um número recorde de 216 baleias-francas no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, incluindo um raro filhote semialbino.
Uma expedição científica realizada na última segunda-feira (16) e terça-feira (17) sobrevoou o litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Durante essa missão, pesquisadores do Projeto Franca Austral (ProFRANCA) avistaram um total de 216 baleias-francas, uma espécie ameaçada de extinção no Brasil. Entre os avistamentos, um filhote semialbino com sua mãe foi observado na praia de Itapirubá, em Imbituba (SC).
A rara coloração semialbina indica maior diversidade genética, evidenciando o crescimento da população, um motivo de comemoração para os especialistas. O semialbinismo ocorre em indivíduos com o cromossomo X alterado e geralmente são machos, que possuem apenas um cromossomo X, e têm mãe com manchas cinzas.
Importância do Monitoramento Aéreo
Os pesquisadores sobrevoaram uma área que vai de Cidreira, no litoral norte gaúcho, até Florianópolis (SC). Durante a expedição, foram avistadas 107 mães, cada uma com um filhote, além de dois adultos solitários. Este período do ano é quando mais baleias-francas visitam a costa brasileira. Desde a década de 1980, o maior número registrado foi de 273 baleias avistadas, em 2018. No ano passado, foram contabilizadas 225 baleias.
Resposta das Baleias-Francas aos Esforços de Conservação
O aumento no número de baleias registradas indica que os animais estão se reproduzindo e respondendo positivamente aos esforços de conservação. As baleias-francas foram alvo de caça no Brasil e atualmente são cerca de 500 indivíduos com uma taxa de crescimento de apenas 4% ao ano.
Organizações Envolvidas na Conservação
O monitoramento aéreo é essencial para entender como as baleias-francas estão respondendo aos esforços de conservação da espécie. A partir dessas ações, é possível estimar parâmetros demográficos da população, segundo Eduardo Renault, gerente de Pesquisa do ProFRANCA.
Essa iniciativa foi uma colaboração entre o Programa de Monitoramento das Baleias-francas da SCPAR Porto de Imbituba (SC) e o ProFRANCA, conduzido pelo Instituto Australis, com patrocínio da Petrobras.
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