Baixa nas vendas de Páscoa em 2024 aponta recuo do consumo
Descubra como a queda nas vendas de Páscoa 2024 reflete o recuo do consumo e os impactos no comércio. Saiba mais sobre as estratégias adotadas.
As vendas durante a Páscoa deste ano não seguiram a tendência de crescimento esperada pelos varejistas, mostrando uma diminuição significativa em comparação ao ano anterior. De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), houve um declínio de 5% nas vendas durante o período festivo, uma situação preocupante para o setor.
O estudo indicou que a celebração da Páscoa no final do mês pode ter sido um dos fatores que contribuiu para essa retração nas vendas. A comparação foi realizada levando em conta as vendas efetuadas entre os dias 25 e 31 de março de 2024 e o mesmo período do ano passado, que correspondeu aos dias 3 a 9 de abril de 2023. Essa diferença no calendário teve um impacto notável na performance de vendas.
Como a data da Páscoa impacta o comércio?
Segundo Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, o timing da Páscoa tem uma influência significativa no comportamento dos consumidores. “No ano passado, a Páscoa caiu no início do mês, um período tradicionalmente mais aquecido para o comércio, devido aos depósitos dos salários”, explica. Essa alteração no calendário parece ter afetado diretamente as vendas deste ano, enfraquecendo a movimentação do mercado.
Quais segmentos sofreram impacto?
Embora a maioria dos setores tenha enfrentado um cenário de retração, a venda de chocolates representou uma exceção, registrando um aumento de 3,8% no período analisado. Especificamente, os estabelecimentos situados em shoppings viram seu faturamento crescer 4,0%, enquanto as chocolaterias de rua observaram um incremento de 3,7%.
Em contrapartida, supermercados e hipermercados não tiveram a mesma sorte, apresentando uma queda de 3,9% nas vendas. O vice-presidente da Cielo destaca que essa diminuição no movimento foi percebida em todas as regiões do Brasil, com a região Centro-Oeste sendo a mais afetada, evidenciando um recuo de 8,5%.
Resposta do mercado à queda nas vendas
Diante desse contexto desafiador, os varejistas buscaram implementar medidas para atrair os consumidores. Dentre as estratégias adotadas, destacam-se a oferta de parcelamentos no cartão de crédito para a compra de chocolates, azeite, bacalhau e outros alimentos típicos da Páscoa, sem juros e com prazos estendidos de até 10 vezes. Contudo, esses esforços parecem não ter sido suficientes para reverter a tendência negativa das vendas, uma vez que os produtos pesquisados estavam 41% mais caros em comparação ao ano passado, conforme pesquisa da Scanntech.
A queda nas vendas de Páscoa deste ano reflete as adversidades enfrentadas pelo varejo e indica a necessidade de adaptação a um ambiente de consumo cada vez mais volátil. À medida que o setor se preparam para os próximos eventos do calendário comercial, fica a expectativa por estratégias que possam estimular o consumo e impulsionar as vendas, promovendo um cenário mais otimista para os varejistas e consumidores.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)