Bairros ficam às escuras após tempestade intensa em SP
Um temporal com granizo atingiu a cidade de São Paulo na noite de quarta-feira, 15, causando diversos problemas para os moradores. Além dos alagamentos e quedas de árvores, a população também relatou episódios de falta de energia elétrica...
Um temporal com granizo atingiu a cidade de São Paulo na noite de quarta-feira, 15, causando diversos problemas para os moradores. Além dos alagamentos e quedas de árvores, a população também relatou episódios de falta de energia elétrica.
Essa situação ocorreu apenas uma semana depois de outra tempestade que deixou os paulistanos sem luz por quase uma semana.
A Enel Distribuição São Paulo divulgou uma nota na manhã de hoje, 16, informando que já restabeleceu o fornecimento de energia para 70% dos clientes afetados pelas fortes chuvas e ventos de até 55 km/h que atingiram parte da área de concessão da distribuidora na noite anterior. No entanto, não foram divulgados números específicos sobre o total de pessoas afetadas.
As regiões norte e oeste da cidade foram as mais prejudicadas pelo temporal. A distribuidora continua trabalhando intensamente para normalizar o serviço para todos os clientes impactados.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, registrou o transbordamento de dois córregos na zona leste da cidade. Por isso, a capital ficou em estado de atenção para enchentes até as 21h30 de quarta-feira. Durante o período, foram registrados pelo menos 14 pontos de alagamento na cidade.
Nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, moradores da capital relataram falta de luz, especialmente nas zonas norte e noroeste, em bairros como Vila Maria, Vila Guilherme, Tucuruvi, Jardim Japão, City América e Parque São Domingos.
Em um dos incidentes causados pelo temporal, uma árvore caiu sobre dois carros na Rua São Carlos Pinhal, nos Jardins. A árvore arrancou por completo da calçada, destruindo a parte superior de um dos veículos. Por sorte, as pessoas envolvidas no acidente conseguiram escapar sem ferimentos graves.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Paulo, até a meia-noite desta quinta-feira, foram registrados 122 chamados para quedas de árvores, 11 chamados para enchentes/alagamentos e oito chamados para desabamentos. Até o momento, não há registro de vítimas.
Segundo o CGE, áreas de instabilidade associadas ao calor que se deslocaram das regiões de Campinas e Jundiaí estão provocando chuva moderada a forte em toda a cidade. A entrada da brisa marítima intensificou as precipitações. Há risco de rajadas de vento, trovoadas e formação de alagamentos.
Os índices pluviométricos mais altos foram registrados nas seguintes estações de medição: Vila Mariana (61,4 mm), Ipiranga (41,2 mm), Lapa (40,8 mm), Vila Maria/Vila Guilherme (39 mm) e Pirituba (35,2 mm).
Vale ressaltar que a cidade de São Paulo está passando por uma intensa onda de calor, assim como boa parte do país. Na quarta-feira, a temperatura máxima média na capital chegou a 36ºC, mas a sensação térmica ultrapassou os 40ºC em alguns bairros. A previsão é de que o clima continue quente nesta quinta-feira, podendo chegar a 38ºC.
No dia 3, um temporal com ventos de até 103,6 km/h causou oito mortes em São Paulo, derrubou centenas de árvores e causou apagões na cidade. Vários bairros da capital e regiões metropolitanas ficaram sem energia elétrica por uma semana. Na quarta-feira, a região de Cotia, uma das mais afetadas pela falta de luz, voltou a enfrentar problemas.
A atuação da Enel durante essa crise gerou questionamentos por parte do poder público. O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito para investigar a atuação da distribuidora. A Prefeitura de São Paulo também acionou a empresa na Justiça, alegando quebra de contrato de concessão. Além disso, foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal para investigar a conduta da Enel.
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