Áudio indica que advogada de Bolsonaro tentou interferir em escolha de chefe da DPU
Um áudio e mensagens de Whatsapp indicam que a advogada da família Bolsonaro Karina Kufa acionou o GSI para tentar interferir na escolha do chefe da Defensoria Pública da União, diz O Globo. O material está em posse da CPI da Covid...
Um áudio e mensagens de Whatsapp indicam que a advogada da família Bolsonaro Karina Kufa acionou o GSI para tentar interferir na escolha do chefe da Defensoria Pública da União, diz O Globo. O material está em posse da CPI da Covid.
Em setembro de 2020, Marconny Faria, lobista investigado pela comissão, enviou a Karina a seguinte mensagem de voz:
“Amiga, parabéns! Você é top, hein! O negócio deu certo, sua ligação para o GSI, olha aí. O que está já, que quer ser reconduzido, não tem como porque ele é abortista até mandar parar, né? Esse aí já está fora. Vai sobrar o Léo, né? Vamos trabalhar para dar certo. Vai ser bom para a gente.”
A advogada respondeu: “Caraca. Fez efeito.”
“Léo” é Leonardo Cardoso Magalhães, então terceiro colocado na lista tríplice.
A O Globo, Karina afirmou que o nome do defensor público que ela atuou para barrar foi o do então chefe da DPU, Gabriel Faria. O motivo seria o fato de ele ter enviado ao STF, em fevereiro de 2019, uma manifestação de apoio a uma ação em que o PSOL tentava descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação.
Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, o GSI disse desconhecer ter havido pedido de vista para a análise do nome à DPU.
Como mostramos, Marconny Faria também acionou a ex-mulher de Jair Bolsonaro Ana Cristina Valle para tentar garantir a nomeação de Leonardo Cardoso. Ela teria recorrido a Jorge Oliveira, um dos principais consultores jurídicos do presidente na época.
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