Associação Comercial do Rio de Janeiro critica operação da PF contra empresários bolsonaristas
Por meio de nota oficial, a Associação Comercial do Rio de Janeiro criticou a operação da PF autorizada ontem pelo ministro do STF Alexandre de Moraes que mirou empresários que defenderam um golpe de Estado caso Lula vença a eleição presidencial...
Por meio de nota oficial, a Associação Comercial do Rio de Janeiro criticou a operação da PF autorizada ontem pelo ministro do STF Alexandre de Moraes que mirou empresários que defenderam um golpe de Estado caso Lula vença a eleição presidencial.
Segundo a entidade, “é absolutamente irrazoável que conversas em redes privadas – insuscetíveis, por isso, de configurar qualquer ameaça – ainda que em termos veementes, recebam a resposta extremada que sofreram”.
“Quebra de sigilo bancário, congelamento de contas, invasão de residências e de empresas são medidas extremas admitidas, apenas, contra suspeitos de crimes graves, jamais contra manifestações de opinião”, afirmou a ACRJ, por meio de seu presidente José Antonio do Nascimento Brito.
“Não cabe, obviamente, a esta entidade de representação empresarial, emitir juízo de valor quanto às opiniões e militância política dos seus representados, mas, tem o dever de testemunhar a coragem e a competência de empreendedores que arriscam seu patrimônio e seu trabalho colaborando com a riqueza do país”, acrescenta.
Leia na íntegra a manifestação da Associação Comercial fluminense:
A Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ, diante da operação da Polícia Federal ocorrida na manhã desta terça-feira, por ordem do Ministro Alexandre de Moraes, contra importantes empresários brasileiros, vem manifestar sua mais profunda apreensão com o rumo da livre expressão do pensamento no Brasil.
É absolutamente irrazoável que conversas em redes privadas – insuscetíveis, por isso, de configurar qualquer ameaça – ainda que em termos veementes, recebam a resposta extremada que sofreram. Quebra de sigilo bancário, congelamento de contas, invasão de residências e de empresas são medidas extremas admitidas, apenas, contra suspeitos de crimes graves, jamais contra manifestações de opinião. Não cabe, obviamente, a esta entidade de representação empresarial, emitir juízo de valor quanto às opiniões e militância política dos seus representados, mas, tem o dever de testemunhar a coragem e a competência de empreendedores que arriscam seu patrimônio e seu trabalho colaborando com a riqueza do país.
A ACRJ tem, dentre seus associados, o empresário José Isaac Peres, que recentemente recebeu de nós o prêmio de Empresário do Ano. O empresário construiu a marca de Shopping mais importante do Brasil – BarraShopping – e durante a pandemia investiu mais de 1 bilhão de reais em um novo empreendimento no Rio de Janeiro, o Shopping Jacarepaguá. Independentemente de suas escolhas políticas, Peres acredita no Brasil e contribui notavelmente para o seu desenvolvimento.
O Brasil precisa de paz e de harmonia para que possamos construir um futuro de prosperidade e desenvolvimento, com segurança às empresas e empreendedores e temos a convicção de que o STF precisa ser o catalisador desse processo.
José Antonio do Nascimento Brito – presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro
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