As manobras no Senado para aprovar o abuso de autoridade
Davi Alcolumbre orquestrou, deu a ordem para Simone Tebet e "com quem interessa" ficou decidido que o projeto de abuso de autoridade será aprovado em tempo relâmpago...
Davi Alcolumbre orquestrou, deu a ordem para Simone Tebet e “com quem interessa” ficou decidido que o projeto de abuso de autoridade será aprovado em tempo relâmpago.
A proposta original, que poderá ser votada e aprovada com facilidade amanhã na CCJ e no plenário do Senado, era o projeto de iniciativa popular com as 10 medidas para combater a corrupção.
Em uma fatídica sessão na madrugada na Câmara, em 2016, porém, deputados desfiguraram por completo a ideia, dando força, entre outras coisas, ao ponto que trata do abuso de autoridade.
Na noite da terça-feira da semana passada, Rodrigo Pacheco, relator do projeto — que estava parado até então no Senado — recebeu a informação de que teria de apresentar o seu voto na sessão da CCJ do dia seguinte. Durante a leitura, ele mesmo admitiu que passou a noite fazendo o relatório. Claramente foi pego de surpresa.
A O Antagonista, Pacheco disse que a ressurreição do projeto dias após o vazamento das mensagens envolvendo a Lava Jato foi uma “coincidência”.
Durante a sessão da leitura do relatório, senadores como Eduardo Girão, Major Olímpio e Esperidião Amin protestaram, alegando, com razão, que o assunto havia sido inserido como extrapauta sem a concordância dos líderes.
Simone Tebet, presidente do colegiado, disse que Davi Alcolumbre lhe pediu para incluir o projeto na pauta após uma reunião com líderes.
“Foi uma reunião com quem interessa”, chegou a dizer um senador a este site, nos bastidores.
Pois bem.
O projeto poderá ser votado amanhã na CCJ e, se aprovado, já há um movimento para que o Senado liquide a fatura no plenário no mesmo dia.
Deve ser tudo uma grande coincidência.
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