Arquidiocese arquiva investigação sobre Júlio Lancellotti
Órgão da Igreja afirma que não foi possível "confirmar a verossimilhança das denúncias" de abusos sexual contra menores
A Arquidiocese de São Paulo arquivou a investigação sobre supostos abusos sexuais contra menores envolvendo o padre Júlio Lancellotti (foto).
“No final da investigação, não foi possível confirmar a verossimilhança das denúncias apresentadas e, portanto, conforme prevê o Direito Canônico, a investigação foi arquivada pela Cúria Metropolitana”, diz nota da Arquidiocese.
Segundo a instituição, a apuração do caso seguiu as normas da Igreja, com a coleta de depoimento de pessoas que disseram ter sido vítimas dos abusos e do próprio padre Júlio Lancellotti.
A investigação foi aberta em fevereiro deste ano, depois que um jornalista afirmou ter sido assediado pelo pároco quando era criança. O padre afirmou que as imputações são falsas.
Essa é a segunda vez que uma investigação envolvendo o pároco foi arquivada pela Arquidiocese
Em 22 de janeiro, a Cúria Metropolitana de São Paulo havia recebido do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), um vídeo com uma suposta denúncia contra o padre, também em um caso de assédio sexual.
Na ocasião, a Arquidiocese disse que o material era o mesmo conteúdo já divulgado em 2020.
As imagens já tinham sido apuradas pela Arquidiocese e pelo Ministério Público de São Paulo e não havia “convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia”.
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Comentários (4)
Fabio B
10.11.2024 09:13Como já comentei, o encobrimento da igreja não é surpresa, mas o que realmente choca é ver o Ministério Público sendo cúmplice ao ignorar a denúncia dos vídeos comprometedores e mensagens de Whatsapp, que foram apoiados por provas periciais sólidas. Os vídeos nojentos e mensagens vazadas deixam pouca margem para dúvida e, mesmo assim, nada acontece, o processo fica sob sigilo, eternamente parado. O que vemos é uma rede de proteção a esse pervertido, garantida pela igreja, por artistas, políticos e até por agentes do judiciário e MP. São eles que asseguram a impunidade, permitindo que esse ser repugnante e doente continue agindo livremente. Mas que fique claro: a orientação sexual não é problema algum. A questão é o completo descontrole, o desprezo pelo que representa sua profissão e a depravação que se manifesta nesses constantes escândalos sexuais que vêm a tona, tanto nos relacionamentos dúbios e, pior, quanto nos indícios de aliciamento de menores. E isso tudo que veio ao público deve ser só a ponta do iceberg de toda depravação que cerca esse verme.
Luiz Filho
09.11.2024 21:35Era o que eu esperava. Mais uma vitória do padre, de grande coração e amor no peito. Vamos para cima Júlio Lança Leite. Os próximos assédios te aguardam
Fabio B
09.11.2024 19:52Alguém realmente esperava que a Igreja Católica agiria de forma diferente, ao invés de encobrir o caso, como normalmente faz em outros lugares ao redor do mundo, especialmente em países de terceiro mundo? Quem sou eu para criticar o modelo de negócio lucrativo deles, mas qual deve ser o tipo de divindade que eles servem?
Marcia Elizabeth Brunetti
09.11.2024 18:27Como de hábito. Deixam o escândalo amornar e depois arquivam. Infelizmente estamos acostumados a isso.