Aras mandou inspecionar sistema de gravação telefônica da força-tarefa em Curitiba
Uma equipe de Lindôra Araujo, coordenadora da Lava Jato na PGR, inspecionou, durante uma visita a Curitiba ontem, equipamentos de informática da força-tarefa que realizam gravações telefônicas nos terminais fixos usados pelos procuradores...
Uma equipe de Lindôra Araujo, coordenadora da Lava Jato na PGR, inspecionou, durante uma visita a Curitiba ontem, equipamentos de informática da força-tarefa que realizam gravações telefônicas nos terminais fixos usados pelos procuradores.
A equipe foi questionada por eles sobre o motivo da inspeção e o secretário de Segurança Institucional da PGR, o delegado federal Marcos Ferreira dos Santos, respondeu que era para “cumprir ordem de missão expedida pelo Excelentíssimo Procurador-Geral” — Augusto Aras.
Segundo a força-tarefa, Santos disse que não tinha o documento da referida ordem no momento, “mas se disponibilizou a realizar a formalização da diligência mais tarde”.
No ofício à Corregedoria do MPF em que relatam a visita de Lindôra Araujo a Curitiba, para obter informações de investigações, os procuradores da força-tarefa informaram que souberam depois que havia “especial interesse” pelo sistema de gravações.
Segundo a força-tarefa, o sistema foi adquirido em 2015 em razão de ameaças que a equipe sofria à época, no auge da operação, e que se tornaram objeto de investigação própria.
“Poderia se revelar necessária ou conveniente, por questões de segurança jurídica ou moral, a gravação de certas ligações telefônicas feitas pelos próprios procuradores para tratar das investigações”, diz o ofício.
Cabia aos próprios procuradores pedir que o sistema gravasse suas ligações. Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos cabeças da operação e já aposentado, foi um deles. Segundo a força-tarefa, ao deixar o cargo, ele não solicitou o encerramento do serviço e, possivelmente, as ligações do telefone que usava continuaram a ser gravadas.
“A gravação desses terminais pode ter seguido ocorrendo ou porque esqueceram de pedir que fosse encerrada, ou porque não foram corretamente informados sobre a necessidade de solicitar o encerramento”, esclarece o ofício.
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