Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (29), o procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), criticou o uso do sistema de Justiça para fins políticos. O PGR se queixou de parlamentares que fazem representações sobre um mesmo fato, segundo ele, “para provocar matérias de jornal”.

“Nos obriga a reunir essas representações, sobre um mesmo fato, e, a cada reunião que se faz, a matéria de interesse que se faz é ‘a procuradoria arquivou’, o que não é verdade. A procuradoria está apurando, sempre”, acrescentou.

De acordo com Aras, isso também ocorre no STF, que passou “a ser vítima” de representações de notícias-crime “sem nenhum lastro legal”.

“Tudo isso faz parte do uso do sistema de Justiça para fins políticos. Quem promove uma representação, abre um inquérito, faz uma notícia-crime sem lastro legal, por interesses escusos comete crime de anunciação caluniosa. Se for autoridade, de abuso de autoridade”, prosseguiu o PGR, acrescentando que nenhuma medida foi tomada “ainda em respeito à imunidade parlamentar”. 

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