Arara-canindé morre eletrocutada em poste de Campo Grande
Moradores do bairro Coophasul encontraram a arara-canindé morta, marcada por um anel de monitoramento, próximo a um poste de rede elétrica
Na manhã desta sexta-feira, o cenário urbano de Campo Grande foi palco de um evento lamentável que culminou na morte de uma arara-canindé. Os moradores do bairro Coophasul encontraram a ave morta, marcada por um anel de monitoramento, próximo a um poste de rede elétrica, apontando uma possível eletrocussão como causa do óbito.
O incidente não só abalou a comunidade local, mas também chamou a atenção para um problema frequente na região: o perigo que as redes elétricas representam para a fauna local, especialmente para as araras, que frequentemente se enroscam nos fios energizados.
O que acontece com a Arara-canindé em Campo Grande?
Segundo o Instituto Arara Azul, o contato direto com fios energizados tornou-se a principal causa de morte para essas aves na cidade. Esta não é uma situação isolada, mas um desafio contínuo que demanda soluções eficazes para a conservação da vida selvagem em ambientes urbanos.
Como as araras estão sendo monitoradas?
O Instituto Aranda Azul realiza um monitoramento constante das araras através de anéis de identificação, como o encontrado na arara desta trágica história. Este monitoramento ajuda a rastrear o movimento e a saúde das aves, além de fornecer dados cruciais para estudos de conservação.
Como os moradores podem ajudar?
Larissa Tinoco, coordenadora de campo do projeto Aves Urbanas-Araras, salienta a importância de informar o instituto em casos de encontro de araras feridas ou mortas. Isso permite que as equipes responsáveis possam recolher os animais e, quando possível, encaminhá-los para estudos que ajudem a evitar futuros acidentes.
A colaboração da comunidade é essencial para a proteção dessas aves esplêndidas, que são parte integral da biodiversidade local e atraem interesse de conservacionistas e amantes da natureza de todo o país.
Medidas preventivas e ação comunitária
Em resposta ao incidente, a Energisa, empresa responsável pela rede elétrica na região, afirmou que não havia registros de interrupções que pudessem ter causado o acidente, mas comprometeu-se a enviar uma equipe técnica para avaliar a situação da rede próxima aos ninhos de arara. Esta iniciativa busca identificar e mitigar os riscos para as aves, evitando tragédias semelhantes no futuro.
A integração entre a empresa de energia, o instituto de conservação e a comunidade é fundamental para criar um ambiente seguro para as araras e outros animais urbanos, reduzindo os conflitos entre a infraestrutura urbana e a fauna local.
A morte desta arara-canindé é um lembrete doloroso da necessidade urgente de adaptar nossa paisagem urbana para coexistir harmoniosamente com as espécies nativas, protegendo não apenas a beleza natural da nossa cidade, mas também a vida daqueles que não têm voz.
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