Após partidos fecharem acordo contra voto impresso, Centrão ainda prevê “baita confusão”
No último sábado (26), O Antagonista noticiou, em primeira mão, que presidentes de 11 partidos decidiram fechar um acordo contra a proposta de voto impresso que tramita na Câmara. Nos bastidores, o ministro do STF Alexandre de Moraes atuou nesse sentido. Hoje, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL), relator da matéria, está apresentando seu parecer na comissão especial, como esperado, favorável ao voto impresso e auditável...
No último sábado (26), O Antagonista noticiou, em primeira mão, que presidentes de 11 partidos decidiram fechar um acordo contra a proposta de voto impresso que tramita na Câmara. Nos bastidores, o ministro do STF Alexandre de Moraes atuou nesse sentido.
Hoje, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL), relator da matéria, está apresentando seu parecer na comissão especial, como esperado, favorável ao voto impresso e auditável.
Líderes do Centrão, em reservado, disseram a este site que o posicionamento dos presidentes partidários têm um peso, claro, mas não vão obrigatoriamente influenciar o posicionamento das bancadas.
“Se isso [a decisão dos presidentes de partidos] vai repercutir nas bancadas, é coisa que vai se ver. Será uma baita confusão ainda esse troço”, disse um líder.
Nos últimos meses, o voto impresso se tornou uma das principais bandeiras do bolsonarismo, e o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, passou a fazer duras críticas às possíveis mudanças.
Algumas lideranças partidárias dizem não haver motivo para alegar suspeita de fraude e acrescentam que o sistema atual é confiável. Mas, ainda nos bastidores, afirmam que Barroso está com “uma visão pequena” sobre o assunto e “na mão de técnicos”.
“Não podemos politizar o mérito dessa questão. Se a eleição for polarizada novamente em 2022 e o vencedor levar por uma diferença pequena, vai ter questionamento”, afirmou outro líder.
Arthur Lira, presidente da Câmara, tem recebido sugestões para encampar a ideia de “um meio termo” na discussão da proposta. A nova lei, que terá ainda de ser aprovada no plenário da Câmara e tramitar no Senado, poderia determinar um percentual de urnas eletrônicas que permitiriam o voto auditável nas eleições do ano que vem.
“A gente começaria devagar, com um percentual mínimo. A lei poderia amarrar bem isso. Creio que isso daria um atestado para um sistema rápido e ágil e evitaria qualquer questionamento”, disse um dos líderes do Centrão.
O assunto ainda está sendo tratado em reservado porque as bancadas não querem, por enquanto, questionar a decisão dos presidentes partidários do último sábado.
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