Após derrubar Rita Serrano, Centrão exige agora presidência do FNDE
Após conseguir derrubar Ana Moser do Ministério do Esporte e Rita Serrano da presidência da Caixa, o Centrão tem uma outra mulher na mira. Integrantes do MDB e do PP pediram...
Após conseguir derrubar Ana Moser do Ministério do Esporte e Rita Serrano da presidência da Caixa, o Centrão tem uma outra mulher na mira. Integrantes do MDB e do PP pediram, na quinta-feira da semana passada, a exoneração de Fernanda Pacobahyba (foto), que hoje comanda o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O FNDE é responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação (MEC). Para 2023, o órgão conta com um orçamento de R$ 84,3 bilhões. Deste valor, já foram executados em torno de R$ 71 bilhões.
Conforme apurou O Antagonista, a presidência do FNDE está sendo exigida pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI). Uma das principais queixas é que Pacobahyba não tem atendido às demandas de parlamentares tanto do MDB do Senado quanto do PP da Câmara.
O PP trabalha para ficar com a diretoria de Gestão Articulação e Projetos Educacionais (DIGAP) do órgão. Na semana passada, a ala ligada ao presidente da Câmara do partido pediu a cabeça da atual diretora Flávia de Holanda Schmidt. A reclamação é a mesma. Flávia não estaria atendendo a pedido de obras e reuniões com parlamentares.
No caso específico da DIGAP, a diretoria é a responsável pela execução das obras do FNDE. Por essa razão, esse setor está sendo cobiçado pelo Centrão.
Hoje pela manhã, como mostramos mais cedo, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a presença de nomes do PP na Esplanada dos Ministérios reafirma que a sigla ingressou “definitivamente na base” do governo. Ainda de acordo com Padilha, hoje pela manhã houve um agradecimento aos parlamentares do PP.
Mesmo assim, o presidente do partido, Ciro Nogueira, reagiu.
Em nota oficial divulgada há pouco, Ciro declarou que o PP não deve fidelidade ao governo Lula e criticou a política econômica da atual gestão.
“Esse governo escolhe os caminhos mais tortuosos possíveis na administração fiscal do país. Tanto a Câmara quanto o Senado acreditaram na seriedade fiscal apresentada pelo governo quando da tramitação do novo marco fiscal. Alertamos para os diversos riscos do modelo apresentado, tendo em vista sua base sedimentada na busca por novas receitas e não pelo conjunto de receitas e corte nas despesas”, disse Ciro.
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