Após contestações, Patriota aprova mais uma vez mudanças para tentar atrair Bolsonaro
Em nova convenção, antecipada por O Antagonista, o presidente do Patriota, Adilson Barroso, negou que estivesse fazendo algo "no grito". Adilson conduziu uma reunião na qual aprovou, de novo, mudanças no estatuto do partido, na tentativa de atrair a filiação de Jair Bolsonaro e seu grupo político...
Em nova convenção, antecipada por O Antagonista, o presidente do Patriota, Adilson Barroso, negou que estivesse fazendo algo “no grito”.
Adilson conduziu uma reunião na qual aprovou, de novo, mudanças no estatuto do partido, na tentativa de atrair a filiação de Jair Bolsonaro e seu grupo político.
“Se você der o joinha, você está confirmando tudo o que está sendo feito aqui.”
Adilson estava acompanhado, na sede do partido, em Barrinhas (SP), do senador Flávio Bolsonaro, que já se filiou à legenda, e do advogado Admar Gonzaga, que tentou, sem sucessor, criar a Aliança pelo Brasil.
O vice-pesidente do partido, Ovasco Resende, e o secretário-geral da sigla, Jorcelino Braga, que acusam Adilson de forjar maioria para mudar o estatuto, não participaram da votação simbólica e prometem questionar novamente o processo.
Adilson, por diversas vezes, afirmou que estava fazendo tudo “dentro do estatuto”.
“Está garantida a votação. (…) Já coloquei em votação tudo, arrematei tudo. Aprovado por unanimidade dos presentes”, disse ele, gritando e puxando aplausos.
A convenção de hoje é uma reação do presidente do Patriota à nota de exigência emitida na semana passada pelo Cartório do 1º Ofício de Notas do Distrito Federal (leia aqui a íntegra), que cobrou explicações sobre a desastrosa última convenção, como noticiamos.
A convenção do último dia 31 foi marcada por muito tumulto e uma ala do partido acionou a Justiça e até a polícia, acusando Adilson de cometer uma série de irregularidades para forjar uma maioria que mudasse o estatuto, como acabou ocorrendo, para abrir espaço para a família Bolsonaro e seu grupo político. O racha no partido foi mostrado por O Antagonista ainda no início deste ano: relembre aqui.
O presidente da República, que fracassou na tentativa de criação da Aliança pelo Brasil, continua à procura de uma legenda para chamar de sua e concorrer à reeleição em 2022.
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