Após brigas físicas, Lira apresenta resolução para suspender deputados
Deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e André Janones (Avante-MG) trocaram golpes físicos logo após a sessão do Conselho de Ética
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL; foto), apresentou, nesta terça, 11 de junho, um projeto de resolução para disciplinar deputados após um episódio de briga física entre parlamentares dentro da Casa na semana passada.
O texto prevê até mesmo a suspensão cautelar de mandatos.
“Apresentei ao Colégio de Líderes um projeto de resolução que muda o Regimento Interno da Câmara e cria medidas de suspensão do mandato e exclusão de deputado do trabalho de Comissão com a aplicação de medidas cautelares aqueles que infringirem o Código de Ética”, disse Lira no X nesta terça.
“Caberá à Mesa da Casa adotar, cautelarmente, essas medidas se entender que o parlamentar quebrou o decoro parlamentar, decisão que pode ser referendada, ou não, pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar”, acrescentou.
Lira ainda afirmou que “não podemos mais continuar assistindo aos embates quase físicos que vêm ocorrendo na Casa e que desvirtuam o ambiente parlamentar, comprometem o seu caráter democrático e – principalmente – aviltam a imagem do Parlamento na sociedade brasileira”.
Quem brigou na Câmara?
Os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e André Janones (Avante-MG) trocaram golpes físicos logo após a sessão do Conselho de Ética que absolveu Janones de um pedido de cassação de mandato na quarta-feira, 5 de março.
O parlamentar da base do governo Lula era acusado de organizar um esquema de rachadinha em seu gabinete.
Em resposta a gritos de “rachadinha” e outras provocações, Janones disse a Nikolas pouco antes de agredí-lo: “Você quer testosterona? Vamos lá fora para eu te dar testosterona”.
O deputado mineiro respondeu com: “Bate aqui em mim”.
Os dois foram contidos por assessores e pela Polícia Legislativa, mas, mesmo assim, a briga se degeneralizou nos corredores da Câmara.
O deputado Zé Trovão (PL-SC) também avançou sobre Janones e o chamou de “ladrão e vagabundo”. Ele também precisou ser acalmado por assessores.
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