A presidente do Partido da Mulher Brasileira (PMB), Suêd Haidar Nogueira (foto), disse a O Antagonista que a sigla também vai lançar candidatura à Presidência da República.

Quem? Ela ainda não sabe.

“Estou procurando, conversando com homens e mulheres, gente que nunca se candidatou a nada. Mas o nosso projeto é lançar candidatura própria.”

O PMB, que deve mudar de nome e virar Brasil 35, chegou a lançar, em novembro do ano passado, a pré-candidatura do Cabo Daciolo, que acabou debandando para o lado de Ciro Gomes (PDT).

“O Cabo Daciolo passou por aqui, se cacifou aqui e foi para outro rumo”, afirmou Suêd, sem esconder chateação.

A dirigente partidária também disse que vai lançar candidatos a governos estaduais “onde pudermos lançar”. O esforço é para alcançar a cláusula de barreira e sobreviver. Para as eleições deste ano, a cláusula passará a exigir 2% dos votos válidos, ou a eleição de pelo menos 11 deputados federais distribuídos em nove unidades da Federação.

Segundo Suêd, está descartada qualquer possibilidade de federação partidária — aposta de algumas legendas para justamente tentar driblar a cláusula de barreira. “Não vamos federar com ninguém”.

Em março de 2021, Jair Bolsonaro, sem partido à época, disse que estava “namorando” o PMB. No mês seguinte, o partido aprovou mudança de nome e mudou também o estatuto, mas as conversas com o presidente não avançaram. Suêd disse a O Antagonista ser “zero” a chance de a sigla apoiar a reeleição de Bolsonaro.

“Zero. Veja só, tentaram vários encontros. Eu mesma estive uma vez só. Mas ele [Bolsonaro] não é o caminhar do nosso partido.”

Em 2020, o Partido da Mulher Brasileira foi alvo de investigação sobre a participação de milícias na campanha eleitoral.