Após 14 anos de afastamento, Marina fala em "reencontro" com Lula Após 14 anos de afastamento, Marina fala em "reencontro" com Lula
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Após 14 anos de afastamento, Marina fala em “reencontro” com Lula

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 12.09.2022 12:37 comentários
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Após 14 anos de afastamento, Marina fala em “reencontro” com Lula

Após 14 anos de rompimento com o PT, Marina Silva selou seu apoio público à campanha de Lula à Presidência da República. Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (12), a ex-ministra do Meio Ambiente e presidenciável nas três últimas eleições...

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Após 14 anos de afastamento, Marina fala em “reencontro” com Lula
Foto: PT via YouTube

Após 14 anos de rompimento com o PT, Marina Silva selou seu apoio público à campanha de Lula à Presidência da República. Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (12), a ex-ministra do Meio Ambiente e presidenciável nas três últimas eleições disse que, politicamente, se reencontrou com o petista.

“Estamos vivendo um reencontro político e programático”, disse Marina, “porque, do ponto de vista das nossas relações pessoais, tanto eu quanto o presidente Lula nunca deixamos de estar próximos e de nos conversar mesmo em momentos dolorosos das nossas vidas.”

“Nesse momento crucial da história , quem reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo que está se implementando no seio da nossa sociedade, é a sua candidatura”, concluiu a candidata a deputada federal.

Lula deu mesmo tom à sua fala:

“Há muito tempo tempo havia a expectativa de Lula e Marina iriam conversar. Nós nunca deixamos de nos conversar: nós nos desencontramos e nos encontramos – nos encontramos não apenas para tratar da política ambiental mas para tratar desse país”, disse o ex-presidente.

Apesar de Marina ter entregue um plano com medidas de combate às mudanças climáticas, o petista evitou dar detalhes de medidas práticas que tomaria no curto prazo, caso eleito. Ele se limitou a dizer que a política ambiental será “transversal” em seus ministérios e que questões como garimpo e desmatamento seriam cortados a zero.

Marina, por sua vez, esqueceu um passado de intensas campanhas de difamação do PT contra suas campanhas eleitorais. A mais notável ocorreu em 2014. Na época, Marina era líder das pesquisas e sua candidatura minguou após o PT insinuar que o Bolsa Família seria encerrado em um evento governo da ex-ministra.

A amnésia política terá um preço. Como antecipamos, Marina exigiu a criação, num eventual governo Lula, de uma Autoridade Nacional de Mudança Climática, que seria ligada ao Ministério do Meio Ambiente e responsável pelo cumprimento das metas de redução de emissão de CO2.

Marina também defende a reestruturação e blindagem de órgãos que foram sucateados pelo atual governo, como Ibama, ICMBio e Funai.

O retorno da ex-ministra à esfera de influência do PT ocorre depois de 14 anos. Em 2008, ela deixou o governo Lula após atritos com Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) e Reinhold Stephanes (Agricultura).

Na ocasião, ela se indispôs com o próprio Lula, que entregou a Unger a coordenação do Plano Amazônia Sustentável e deu aval a Stephanes para brigar pela flexibilização da regra que restringia o crédito agrícola de quem desmatou sem licença ambiental.

Também se desgastou com Dilma Rousseff por causa do processo de liberação das licenças ambientais para obras no rio Madeira, em Rondônia. Meses depois de deixar o governo, Marina se desfiliou do PT.

A mágoa se intensificou na campanha de 2014, quando foi bombardeada pelo marketing de guerrilha de João Santana.

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