Apoio de Lula e Bolsonaro vira ativo na disputa pelos governos estaduais
O apoio tanto de Jair Bolsonaro quanto de Lula ao longo do segundo turno virou um importante ativo na reta final da campanha eleitoral nos estados. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul candidatos disputam o vínculo com o atual presidente da República...
O apoio tanto de Jair Bolsonaro quanto de Lula ao longo do segundo turno virou um importante ativo na reta final da campanha eleitoral nos estados. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul candidatos disputam o vínculo com o atual presidente da República; no Nordeste, a maioria dos candidatos busca apoio do petista no segundo turno.
Dos 24 candidatos que disputam o segundo turno nos 12 estados, nove estão alinhados ao presidente da República: Carlos Manato (PL-ES), Renan Contar (PRTB-MS), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Onyx Lorenzoni (PL-RS), Jorginho Mello (PL-SC), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Wilson Lima (Republicanos-AM), Marcos Rocha (União Brasil-RO) e Marcos Rogério (PL-RO).
Lula tem entre seus apoiadores Renato Casagrande (PSB-ES), Décio Lima (PT-SC), Fernando Haddad (PT-SC), João Azevedo (PSB-PB), Marília Arraes (Solidariedade-PE), Jerônimo Rodrigues (PT-BA), Paulo Dantas (MDB-AL), Rogério Carvalho (PT-SE), Fábio Mitidieri (PSD-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM).
Em alguns estados, porém, há divergências sobre quais caminhos devem ser tomados. No Espírito Santo, aliados do governador Renato Casagrande em partidos como PP e Podemos distribuíram em grupos de WhatsApp mensagens com a seguinte mensagem: “Bolsonaro lá, Casagrande cá”.
O compartilhamento do material irritou o candidato oficial bolsonarista no estado, o ex-deputado Carlos Manato (PL). Há receio de que o candidato apoiado pelo PT seja derrotado justamente pelo vínculo com o ex-presidente da República.
“O nome disso é desespero. Manato e Bolsonaro são 22. Agora que ganharam para deputado federal, tentam neutralizar a onda Bolsonaro. Eles têm vídeo com o presidente? Vão gravar programa eleitoral com o presidente?”, reclamou Manato pelas redes sociais.
Em Alagoas, Rodrigo Cunha (União-AL) mantém uma posição de neutralidade. Mas aliados de Bolsonaro, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), trabalham pela eleição de Cunha por dois motivos: derrotar o clã Calheiros no estado e ampliar a bancada governista no Senado.
Caso Cunha seja eleito, Eudócia Caldas —mãe do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, que é suplente do candidato da União Brasil— assumirá definitivamente uma vaga no Senado, dando uma margem ainda maior para o presidente da República na Casa.
Em dois estados, Rondônia e Mato Grosso do Sul, o apoio do presidente da República é disputado pelos dois candidatos ao governo do estado. Em Mato Grosso do Sul, o palanque bolsonarista é disputado por Renan Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB); em Rondônia, a briga pelo apoio do presidente está entre Marcos Rocha (União Brasil) e Marcos Rogério (PL).
O apoio de Lula foi visto como ativo importante para as candidaturas de Marília Arraes, em Pernambuco, e de Fernando Haddad, em São Paulo. Já a declaração de voto de Bolsonaro é apontada como essencial para impulsionar as candidaturas de Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e de Onyx Lorenzoni, no Rio Grande do Sul.
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