Ao romperem com o Centrão, DEM e MDB querem se afastar de Bolsonaro
A saída do DEM e do MDB do bloco parlamentar comandado pelo líder do PP, Arthur Lira, na Câmara também já mira a campanha presidencial de 2022...
A saída do DEM e do MDB do bloco parlamentar comandado pelo líder do PP, Arthur Lira, na Câmara também já mira a campanha presidencial de 2022.
Os dois partidos querem reforçar um posicionamento de independência, enquanto legendas como o PP, o PL, o Solidariedade e o PSD vão caindo no colo do governo de Jair Bolsonaro, negociando cargos em órgãos federais.
“Eles agora viraram governo e nós continuamos independentes. Temos um caminho próprio no Parlamento. Em algum momento, houve esse acordo tácito. Mas, com a candidatura do Arthur Lira à Presidência da Câmara, era preciso um movimento claro de separação”, disse a O Antagonista um cacique do DEM.
O blocão do Centrão foi criado no início deste ano, para que os partidos agrupados pudessem ter preferências nas indicações de integrantes da cortejada Comissão Mista de Orçamento (CMO). Agora, é cada um por si.
Os voos solos de DEM e MDB, como mostramos ontem, guardam relação com a medição de forças para a eleição na Câmara, em fevereiro do ano que vem. Mas não é só isso: estão todos olhando ainda mais à frente.
“O João Doria é candidato para 2022. O DEM e o MDB ainda não têm candidatos. Podem surgir conveniências convergentes”, afirmou o mesmo demista.
O PSDB de João Doria chegou a entrar nesse blocão de Lira, também interessado em posições estratégias na CMO, mas os tucanos pularam fora assim que o colegiado foi formado.
Vale lembrar que o DEM tem dois ministros: Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania). E o MDB tem as lideranças do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes, e no Senado, Fernando Bezerra Coelho.
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