Exclusivo: Anvisa só deve registrar vacina no fim de fevereiro, diz Pazuello a governadores
Em reunião com governadores, Eduardo Pazuello afirmou há pouco que o cronograma do Ministério da Saúde estabelece que a AstraZeneca pedirá o registro da vacina contra Covid-19 à Anvisa neste mês...
Em reunião com governadores, Eduardo Pazuello afirmou há pouco que o cronograma do Ministério da Saúde estabelece que a AstraZeneca pedirá o registro da vacina contra Covid-19 à Anvisa neste mês.
A agência, segundo o ministro, deve concluir a análise do pedido em 60 dias — prazo que, se respeitado, só possibilitará o início da vacinação no fim de fevereiro ou início de março.
“AstraZeneca e Oxford estão concluindo a fase 3. Algumas etapas da fase 3 serão concluídas para, aí sim, submeter à Anvisa para registro. Qual é a previsão? Até o final de dezembro. E a Anvisa, dentro da sua responsabilidade para analisar o registro dessas vacinas, ela precisa de tempo para concluir essa ação. E, pelo que demonstrou, tempo próximo a 60 dias. Pode ser menos, um pouco. Se tudo estiver redondo, sem recomendações incompletas, (…) se isso acontecer, vamos ter o registro definitivo da AstraZeneca no final de fevereiro. Mesmo que tenha chegado as 15 milhões de doses em janeiro.”
A reunião é fechada, e O Antagonista obteve acesso a áudios do encontro, que ainda não se encerrou.
Segundo Pazuello, o Brasil espera ter mais de 300 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 ainda em 2021. Seriam 100 milhões de doses importadas da AstraZeneca, outra 160 milhões produzidas na Fiocruz, com a tecnologia importada de Oxford, e mais 42 milhões do consórcio Covax Facility.
O ministro explicou aos governadores que as vacinas da AstraZeneca começarão a chegar em janeiro, com a importação de 15 milhões de doses por mês.
“Nós fizemos um acordo de transferência de tecnologia da Fiocruz com o recebimento de 100 milhões de doses dessa vacina, ao custo de 3,75 dólares. Essas 100 milhões de doses chegam a partir de janeiro, com 15 milhões em janeiro, 15 milhões em fevereiro e vai aumentando até junho, fechando às 100 milhões de doses.”
Pazuello destacou ainda que as vacinas da Pfizer e Moderna estão incluídas no consórcio da ONU e OMS, a Covax Facility, pela qual o governo federal espera receber 42 milhões de doses em 2021.
“Fizemos essa transferência dos recursos de desenvolvimento. São 42 milhões de doses de nove produtoras. Dentre elas, Moderna, Oxford e Pfizer. Elas estão no consórcio. Já aderimos ao consórcio e compramos 42 milhões de doses. O Ministério da Saúde, o SUS, já tem capacidade para 2021 de 300 milhões de doses. Isso é fato.”
Ao fim de sua fala inicial, o ministro afirmou que Jair Bolsonaro falou “claramente” para o Brasil adquirir as vacinas que tiverem o registro da Anvisa aprovado.
“Quando caminhamos para outras vacina, quando fala do Butantan, também está na fase 3. Também está concluindo o resultado em dezembro para submeter à Anvisa para registro. Fazendo o cálculo de novo, 60 dias para o registro da Anvisa. Quando e se os registros estiverem prontos, isso entra na pauta de contratação. Havendo essa possibilidade de produção, isso entra na pauta.”
E concluiu:
“O presidente falou claramente isso: todas as vacinas que tiverem sua eficácia e registros da Anvisa da maneira correta e se houver necessidade, o presidente colocou isso de forma clara. O resto faz parte do dia a dia, das discussões do país.”
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