ANPR pede salvo-conduto para procuradores da Lava Jato
Após Rosa Weber negar a suspensão do inquérito aberto no STJ para investigar os procuradores da Lava Jato, a Associação Nacional dos Procuradores da República pediu um salvo-conduto ao Supremo, para impedir que eles sejam presos, intimados a depor ou sofram qualquer restrição enquanto investigados...
Após Rosa Weber negar a suspensão do inquérito aberto no STJ para investigar os procuradores da Lava Jato, a Associação Nacional dos Procuradores da República pediu um salvo-conduto ao Supremo, para impedir que eles sejam presos, intimados a depor ou sofram qualquer restrição enquanto investigados.
A investigação, aberta de ofício pelo presidente do STJ, Humberto Martins, mira os procuradores Eduardo Pelella, Januário Paludo, Orlando Martello Júnior, Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos e a subprocuradora Luiza Frischeisen.
No novo pedido, a ANPR diz que eles ainda não tiveram acesso ao teor da investigação, que tramita em sigilo e, por isso, não podem se submeter a um interrogatório sem saber as suspeitas.
Na abertura do inquérito, Humberto Martins citou reportagens baseadas nas mensagens roubadas que relatam uma suposta tentativa dos procuradores de levantar o patrimônio dos ministros do STJ.
“Há notícia de que a autoridade apontada como coatora [Humberto Martins] esteja, inclusive, a expandir o objeto do inquérito e a requisitar informações sobre subprocuradores-gerais da República e até mesmo outras autoridades com foro por prerrogativa de função no STF, por meio de ofício à Operação Spoofing”, afirmou a defesa no novo pedido.
Como mostramos nesta semana, Humberto Martins também quer investigar as negociações do acordo de delação de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que citou pagamento de propina ao ministro.
A decisão cabe novamente a Rosa Weber.
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