Anotação de Witzel mostra pagamentos para escritório de Helena
A Polícia Federal apreendeu no Palácio das Laranjeiras um caderno de Helena Witzel que, segundo o Ministério Público Federal, reforça a acusação de que Wilson Witzel "acompanhava diretamente" pagamentos de propina ao casal por parte de empresas contratadas pelo estado...
A Polícia Federal apreendeu no Palácio das Laranjeiras um caderno de Helena Witzel que, segundo o Ministério Público Federal, reforça a acusação de que Wilson Witzel “acompanhava diretamente” pagamentos de propina ao casal por parte de empresas contratadas pelo estado.
Segundo o MPF, os pagamentos foram feitos por meio de contratos sem efetiva prestação de serviços com o escritório de advocacia da primeira-dama, com forma de ocultar a propina.
Numa página do caderno, havia a seguinte tabela:
Em outra página, foi encontrada essa anotação:
Segundo a PF, a primeira tabela foi elaborada por Wilson Witzel e a segunda anotação é da primeira-dama. O caderno foi apreendido em 28 de agosto, dia da Operação Tris In Idem.
Na denúncia que acusa Wilson e Helena Witzel de organização criminosa, obtida por O Antagonista, o Ministério Público Federal fez uma análise comparativa do material.
Afirmou que a empresa A da tabela corresponde à empresa DPAD Serviços Diagnósticos Ltda., que pagaria R$ 14 mil mensais a Helena. A empresa B seria a Cootrab Cooperativa Central de Trabalho Ltda., com pagamentos de R$ 10 mil por mês. E a empresa C seria a Quali Clínicas Gestão e Serviços Ltda., com pagamentos de R$ 15 mil. Veja a comparação:
A operação apreendeu contratos do escritório de Helena Witzel com a Cootrab com o mesmo valor de R$ 10 mil mensais; e com a Quali, com os mesmos R$ 15 mil por mês. Os dois contratos foram assinados em agosto de 2019.
“O farto acervo probatório reunido, oriundo de fontes independentes e diversificadas, não deixa dúvidas de que WILSON WITZEL e HELENA WITZEL, em comunhão de desígnios, agiram para a prática dos atos de corrupção e lavagem de dinheiro por intermédio da organização criminosa ora desmantelada”, diz a denúncia contra o governador afastado.
As investigações apontam que a Cootrab, a Quali e a DPAD são ligadas ao empresário Mário Peixoto. A Cootrab pagou um total de R$ 59.385,00 ao escritório de Helena; a Quali, R$ 102.231,50; e a DPAD, R$ 112.620,00.
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