Alvo da Abin, Kim aponta “caráter autoritário” do governo Bolsonaro
Deputado do União Brasil está entre os alvos do suposta espionagem da agência durante o governo Jair Bolsonaro
Apontado como um dos alvos do esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apelidado de Abin Paralela, o deputado Kim Kataguiri (União-SP) reagiu apontado o “caráter autoritário” do governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Polícia Federal, o militar Giancarlo Gomes Rodrigues pediu que a agência fizesse uma “caça aos podres” do parlamentar.
“A confirmação de que eu estava sendo investigado pela Abin Paralela, primeiro me deixa feliz de saber que eles investigaram minha vida toda e também dos meus assessores e não encontraram absolutamente nada que pudesse utilizar contra mim”, disse Kim Kataguiri.
“E segundo mostra também o caráter autoritário e persecutório do governo Bolsonaro que estava mais preocupado em perseguir os seus adversários políticos do que em governar o país. Não à toa que perdeu as eleições e entregou o Brasil de volta para o PT. Por isso nós vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis pra responsabilizar todos aqueles que tomaram essas ações criminosas contra mim, contra meus assessores e meu mandato”, completou o deputado.
Como mostramos, além de Kim Kataguiri, a determinação de espionagem também atingiu o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
“Em relação ao PODER LEGISLATIVO, segundo a autoridade policial, foram identificadas ações clandestinas para “caçar podres” do Deputado Federal KIM KATAGUIRI (inclusive contra os seus assessores), ocasião em que se descobriu que em momento anterior também foram realizadas ações contra o Deputado Federal ARTHUR LIRA, tudo conforme diálogos entre os investigados GIANCARLO GOMES RODRIGUES e MARCELO ARAÚJO BORMEVET”, cita o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na decisão em que autorizou operação da PF contra os acusados.
Saiba quem foi monitorado pela ‘Abin Paralela’
Segundo a PF, foram monitoradas as seguintes autoridades, servidores e profissionais de comunicação:
- Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux
- Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys (PSOL). E os senadores: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado.
- Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo; os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
- Profissionais de comunicação: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
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