Alvaro: “Convergência em torno de um nome ocorrerá por parte da população”
Há pouco, noticiamos que a "turma do centro" rasgou o acordo que previa o apoio do grupo político ao candidato mais viável eleitoralmente, com base nas pesquisas de intenção de voto. Ao dizer a O Antagonista que esse acordo "ficou no papel", Alvaro Dias (foto), líder do Podemos no Senado, lembrou que personagens como Luiz Henrique Mandetta e Eduardo Leite...
Ao dizer a O Antagonista que esse acordo “ficou no papel”, Alvaro Dias (foto), líder do Podemos no Senado, lembrou que personagens como Luiz Henrique Mandetta e Eduardo Leite, que participaram das conversas e poderiam contribuir para a prometida unidade, acabaram não se confirmando como candidatos.
Mandetta, como já registramos, deverá definir seu futuro político nas próximas semanas. Leite foi derrotado por João Doria nas prévias do PSDB.
“A convergência em torno de um nome ocorrerá por parte da população”, afirmou Alvaro Dias, descrente, portanto, em unidade no campo político entre Lula e Jair Bolsonaro.
Com o antibolsonarismo somando-se ao antipetismo, o senador paranaense acredita que “se abriu espaço para um terceiro nome e esse terceiro nome é o Sergio Moro”.
“A não ser que haja um fato novo, e eu não creio que vá haver, a tendência é um crescimento do nome do Moro e não mais a polarização, mas a tripartição do eleitorado.”
Dias criticou o que chamou de “banalização das pesquisas” de intenção de voto e afirmou que “a divulgação exagerada de números acabam confundindo a opinião pública”.
“Isso dificulta o eleitor perceber que esse projeto do Moro é viável. Quando o eleitorado se convencer da viabilidade eleitoral do Moro, quando ficar visível que o candidato possui potencial de votos, a campanha dele crescerá, sem dúvidas, com a apresentação do seu projeto”, acrescentou.
Dias acredita que Moro já esteja, na prática, com mais de 10% das intenções de voto. “Não vou criticar pesquisas, é uma percepção minha, claro que não posso provar”.
O senador também disse que a bancada do Podemos, partido de Moro, não vai usar a volta do recesso parlamentar para fazer campanha para o ex-juiz.
“Não devemos levar o debate eleitoral para o Congresso. Temos outros instrumentos para fazer isso. Evidente que temos que colaborar com o projeto, multiplicando e ampliando as suas propostas do candidato, organizando o partido nos estados, despertando as sociedade para a importância de um projeto alternativo, mas sem confundir a ação de representante da sociedade com a de cabos eleitorais do Moro”, justificou.
Ainda de acordo com Dias, a bancada de nove senadores do Podemos “está toda fechada com Moro”, a despeito de divergências internas quanto à possibilidade de aliança com a União Brasil, partido que resultará da fusão do DEM com o PSL.
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