Almeida na Crusoé: O terrorismo que as esquerdas toleram
Em sua coluna desta semana para a Crusoé, Paulo Roberto de Almeida fala sobre o tom "isento" que a esquerda, num geral, trata os ataques terroristas do Hamas. Para ele, Esse tipo de postura não é inédita, vindo de um governo do PT; talvez expresse realmente o que o PT pensa, como partido, a respeito de atos terroristas visando alvos civis...
Em sua coluna desta semana para a Crusoé, Paulo Roberto de Almeida fala sobre o tom “isento” que a esquerda, num geral, trata os ataques terroristas do Hamas. Para ele, Esse tipo de postura não é inédita, vindo de um governo do PT; talvez expresse realmente o que o PT pensa, como partido, a respeito de atos terroristas visando alvos civis…
O PT, os petistas, as esquerdas em geral, possuem uma estranha atitude em face do terrorismo. Existem aqueles atos condenáveis, vindos da extrema direita, de governos de tendências contrárias às deles, e existem os atos terroristas que são pelo menos toleráveis, conforme se dirijam contra alvos “imperialistas”, podendo, assim, ser justificados como resposta de populações oprimidas contra “potências imperiais”.
Tal tipo de deformação moral revelou-se plenamente a propósito dos ataques terroristas perpetrados pelas forças do Hamas contra a população civil israelense adjacente ao território palestino da Faixa de Gaza. A despeito de o próprio presidente ter condenado, numa postagem em rede, os “ataques terroristas”, a nota oficial do governo brasileiro – que é o que conta do ponto de vista da expressão formal do governo em face de um evento de repercussão mundial – incorreu num vezo já amplamente registrado em relação à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e ao morticínio cometido cotidianamente pelas forças comandadas por Putin.
A nota à imprensa liberada pelo Itamaraty no próprio dia dos ataques, 7 de outubro, apenas “condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza”, expressa condolências às vítimas e reitera “que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis”; mas ela repete a típica atitude de isenção que tem sido registrada em relação ao caso da Ucrânia: “exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, como se as “partes” detivessem responsabilidades equivalentes na violência. As notas seguintes se referem bem mais ao repatriamento de brasileiros de Israel e de Gaza do que ao evento em si.
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