Aliados de Jair Bolsonaro (foto) disseram a O Antagonista que o presidente tem “escondido bem” a escolha do seu vice para as eleições deste ano.

“Eu não faço a mínima ideia”, disse um deputado bastante próximo do Planalto.

Um outro deputado governista deu uma dica: “Ele já me disse uma vez que será de Minas ou da Bahia”.

O deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RS), que deve migrar para o PL para tentar a reeleição neste ano, disse que Pedro Guimarães, presidente da Caixa, “é um dos tantos” que podem ser vice de Bolsonaro.

Ontem, o presidente sinalizou que poderá anunciar o nome no próximo dia 29, quando pretende fazer um ato para lançar a sua pré-candidatura à reeleição. Um presidente de partido da base do governo, porém, afirmou a este site que “isso não será decidido por agora”.

Em entrevista à Jovem Pan ntem (19), o presidente descartou Damares Alves como vice, ao lançá-la como candidata ao Senado. “Posso adiantar uma possível senadora por São Paulo: a ministra Damares”. Damares, por sua vez, tem dito nas redes sociais que pretende concorrer ao Senado pelo Amapá.

Uma liderança governista disse acreditar que o vice sairá “da política”, e não da ala considerada ideológica do governo Bolsonaro: “É bom ficar de olho em quem se filia ao PP ou ao Republicanos nos próximos dois meses. Ele [Bolsonaro] deve plantar o vice por aí”.

O deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos, afirmou a O Antagonista que desconhece o escolhido por Bolsonaro para vice. O partido ligado à Igreja Universal, até aqui, está disposto a caminhar com o presidente em busca da reeleição. O senador licenciado Ciro Nogueira, atual ministro da Casa Civil e chefe do PP, não deu retorno sobre o assunto.

A ala militar do governo ainda aposta que Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa, possa ficar com a vaga de Hamilton Mourão, que, provavelmente, se candidatará ao Senado pelo Rio Grande do Sul ou pelo Rio de Janeiro.