Alesp aprova criação de escolas cívico-militares após invasão de estudantes
Vídeos mostram estudantes formando um cordão humano para empurrar a tropa de choque; projeto é reação a política do governo Lula
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta terça-feira, 21 de maio, a criação de escolas cívico-militares no estado, projeto encabeçado pelo governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O texto passou por 54 votos a 21.
Reação à decisão do governo Lula de cortar o programa nacional de fomento a escolas cívico-militares, o projeto de Tarcísio também prevê a implantação desse modelo de ensino em colégios já existentes.
A gestão militar será voltada às escolas com índices de rendimento inferiores à média estadual, sendo atrelada também a taxas de vulnerabilidade social.
Poderão participar do projeto tanto escolas estaduais quanto municipais.
A aprovação do projeto na Alesp nesta terça se deu após confronto entre estudantes e policiais após a invasão do plenário da Casa.
Vídeos mostram estudantes formando um cordão humano para empurrar a tropa de choque.
O confronto não chegou aos níveis de violência vistos quando, em dezembro, um grupo de vândalos invadiu a Alesp contra o projeto de lei que abriu caminho para a privatização da Sabesp.
E os atos antidemocráticos da esquerda?
Enquanto os deputados estaduais de São Paulo aprovavam o processo de privatização da Sabesp na quarta-feira, 6, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) se tornou palco de vandalismo e violência contra a democracia provocadas por militantes de esquerda contrários ao projeto liderado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Na confusão, vândalos tentaram invadir o plenário da Alesp e interromper a votação, da qual os deputados da oposição ao Palácio dos Bandeirantes preferiram não participar, mas foram frustrados pela Polícia Militar paulista.
Os atos de 6 de dezembro na Alesp foram duramente criticados por políticos e parlamentares da direita, que comparam a baderna ao que ficou conhecido como atos antidemocráticos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. Eles questionam o Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara, questionou se o STF irá prender os “terroristas da Alesp”.
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) indagou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, se os vândalos paulistas serão “adicionados ao inquérito dos atos antidemocráticos”.
Os deputados estaduais Lucas Bove (PL) e Gil Diniz (PL) foram à delegacia acompanhar “o indiciamento e a punição de todos aqueles que praticaram atos de terrorismo com conduta antidemocrática”.
O deputado estadual Guto Zacarias (União) disse que o projeto de lei que autoriza a privatização da Sabesp foi aprovado apesar da “vanguarda do atraso” que “tumultuou a galeria” para desinformar o cidadão.
O vereador Fernando Holiday também chamou o vandalismo promovido pela esquerda na Alesp de “terrorismo”.
O governador Tarcísio de Freitas preferiu exaltar os deputados que aprovaram a privatização, pela “coragem com que enfrentaram os ataques dos que não têm argumentos ajudará a construir um legado de universalização do saneamento, de despoluição de mananciais, de aumento da disponibilidade hídrica, de saúde para todos”.
O Antagonista, de modo transparente, trata como manifestantes aqueles que se manifestam pacificamente, dentro da lei, a favor ou contra qualquer medida, autoridade ou grupo, inclusive até o momento em que há um princípio de confusão não inteiramente esclarecido. Quando se verifica, no entanto, a violência deliberada para fins de intimidação, ameaça e/ou tentativa de impedir o livre exercício de um Poder, O Antagonista trata os envolvidos, a depender da natureza e das informações sobre o caso até o momento, como vândalos e/ou golpistas, independentemente do lado político-ideológico em que estejam.
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