Alerta: Rio Grande do Sul pode enfrentar novos temporais
Segundo Pimenta, entre terça, 21 e quinta-feira, 23, são esperados volumes de chuva entre 100 e 150 milímetros no Rio Grande do Sul
O ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, alertou, nesta sexta-feira, 17, que o estado corre o risco de ser atingido por fortes temporais ao longo da próxima semana. Segundo ele, entre terça e quinta-feira, são esperados volumes de chuva entre 100 e 150 milímetros (mm), principalmente na porção noroeste e na região metropolitana de Porto Alegre.
Durante uma entrevista coletiva, Pimenta ressaltou que a possibilidade de um novo pico de chuvas intensas é muito provável. Ele também destacou a importância dos diques e casas de bomba na proteção contra enchentes na região metropolitana de Porto Alegre. Essas estruturas foram construídas após a cheia de 1941 e são responsáveis por proteger praticamente todos os municípios da região.
No entanto, o ministro alertou para algumas falhas no sistema durante a recente enchente. Segundo ele, a capacidade dos diques foi superada devido à magnitude da inundação, resultando em transbordamentos e rompimentos. Além disso, o sistema de bombas não foi suficiente para responder à situação.
Bombas da Sabesp
Para auxiliar nessa operação, o governo negocia com os estados de São Paulo, Ceará e Alagoas o envio de bombas de água. Ao todo, serão enviadas 18 bombas pela Sabesp, companhia de abastecimento paulista, além de oito bombas do governo cearense e uma bomba utilizada na transposição do Rio São Francisco em Alagoas. Algumas dessas bombas já chegaram ao Rio Grande do Sul e outras estão previstas para serem entregues ainda nesta sexta-feira.
A expectativa é que essas bombas auxiliem na retirada da água empoçada nas áreas afetadas, principalmente na capital Porto Alegre e nos municípios da região metropolitana. Essa ação é fundamental para minimizar os danos causados pelas enchentes e permitir que as pessoas voltem às suas casas com segurança.
RS não estava no mapa de risco de inundações do governo
O estado do Rio Grande do Sul, que atualmente tem quase 80 mil pessoas em abrigos públicos devido às chuvas recentes, aparece na plataforma Adapta Brasil, gerida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como uma região com baixo risco para inundações, enxurradas e alagamentos.
Essa plataforma, lançada em 2020, não é utilizada para gerar alertas, mas sim como um parâmetro para os gestores avaliarem a necessidade de medidas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, informou reportagem do O Globo.
Surpreendentemente, a capital Porto Alegre, que está debaixo d’água há mais de uma semana, também é classificada como uma região com baixo índice de risco para alagamentos. No entanto, quando se trata da ameaça causada pelas mudanças climáticas nesse tipo de evento, a cidade apresenta um nível muito alto. Além disso, a vulnerabilidade da população de Porto Alegre também é considerada muito baixa.
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