Agamenon, na Crusoé: “Não encham o saco, encham meu tanque!”
Carnaval acabou, a Lava-Jato acabou e finalmente o ano de 2023 vai começar no Brasil. Podemos voltar para a pasmaceira de sempre, sem dinheiro e sem assunto, mesmo porque até o BBB 437 perdeu a graça que nunca teve. Não tem jeito, vamos ter que trabalhar...
Carnaval acabou, a Lava-Jato acabou e finalmente o ano de 2023 vai começar no Brasil. Podemos voltar para a pasmaceira de sempre, sem dinheiro e sem assunto, mesmo porque até o BBB 437 perdeu a graça que nunca teve. Não tem jeito, vamos ter que trabalhar.
Nem só o crime é organizado no Brasil. O país funciona como um relógio suíço no Carnaval: os blocos desfilam no dia e na hora certa seguindo o trajeto combinado, as escolas de samba são exemplos de organização e logística e nos camarotes nababescos não existe crise, o dinheiro jorra pra todos os lados e os convidados nem precisam ouvir os gigantescos e incompreensíveis sambas enredo que rolam na pista. Tudo funciona com precisão cirúrgica, como se aqui fosse uma Dinamarca tropical onde ninguém se suicida de tédio. Acabada a festa momesca, voltamos à nossa velha e boa esculhambação generalizada (e coronelizada).
E no dia seguinte, de ressaca, descobrimos que as delações premiadas, as operações da Polícia Federal, o desvio de verbas, o superfaturamento de obras públicas, o mensalão e o petrolão — foi tudo um imenso delírio coletivo. Uma alucinação muito doida, uma viagem lisérgica amarrada num Brasil que tomou um ácido e pirou. Tudo foi apenas um bode preto que só existiu nas nossas cabeças e no Jornal Nacional. Coisa de Carnaval.
Felizmente, nós temos o Poder Judiciário para colocar ordem na nação e tirar todo mundo da cadeia, inclusive os “patriotas” que tentaram dar um golpe, foram em cana e acabaram perdendo a aula de pilates. Até o…
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