Agamenon na Crusoé: A violência só vai acabar na base da porrada!
Eu estava aqui, quieto no meu canto quando vi invadir a Rua da Amargura (onde fica estacionado meu Dodge Dart 73, enferrujado) uma horda de repórteres da Globo que tinham sido despedidos....
Eu estava aqui, quieto no meu canto quando vi invadir a Rua da Amargura (onde fica estacionado meu Dodge Dart 73, enferrujado) uma horda de repórteres da Globo que tinham sido despedidos.
A Globo aproveitou o Coelhinho da Páscoa para entubar uma avantajada cenoura orgânica em vários jornalistas com mais de um século de empresa. A Globo alega “corte de custos” para as traumáticas demissões. Se for verdade acho que, se vivo fosse, o companheiro jornalista Roberto Marinho também teria sido vitimado por este cruel “passaralho” que sobrevoa a empresa.
As pobres criaturas de imprensa desempregadas já saíram do prédio atacando os transeuntes em busca de algum dinheiro, uma roupa velha, um microfone usado e, principalmente um “furo”, não necessariamente jornalístico, enfim, algo para comer.
Os pobres jornalistas (uma redundância em si) famélicos chegaram até a arrombar a minha residência, mas ao depararem com o miserê, se penalizaram comigo e até me deram alguns Vales Refeição que tinham recebido antes de ganharem o Vale Demissão das mãos do Ali Kamel, o único jornalista arabo-caucasiano que sobrou na emissora.
Agora esses “coleguinhas” mortos-vivos vão ficar rondando a minha vizinhança feito uns zumbis, aumentando a concorrência e disputando emprego com os mendigos, camelôs e vagabundos do pedaço. E o que é pior: não adianta “chamar a Globo” para fazer uma reportagem-denúncia porque não sobrou ninguém para contar nenhuma história.
A Rede Globo vive…
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