Agamenon: A COP do Mundo é nossa
O ex-presidiário eleito Luísque Inácio Lula da Selva arrasou na sua passagem pelo balneário egipciano de Dah Me El Chek. Foi tratado como presidente em exercício, já que Bozonaro, o presidente sem exercício, se recusou a comparecer na Cop 27, a conferência mundial sobre Meio Ambiente. Bolsonero alegou que não tem clima...
O ex-presidiário eleito Luísque Inácio Lula da Selva arrasou na sua passagem pelo balneário egipciano de Dah Me El Chek. Foi tratado como presidente em exercício, já que Bozonaro, o presidente sem exercício, se recusou a comparecer na Cop 27, a conferência mundial sobre Meio Ambiente. Bolsonero alegou que não tem clima.
O derrotado candidato dos caminhoneiros e dos pneus em fogo continua trancado no Palhaço do Alvorada a base de sedativos e próteses penianas de uso exclusivo das Forças Armadas. Na verdade, Jair Bozonarma está morrendo de medo de ser preso agora que abriu uma vaga no sistema carcerário com a soltura de Sérgio Cabral Filho da p*!##*! Por falar nisso, (in)justiça seja feita, na minha opinião, não tem problema nenhum em ser puta. O problema é ser filho da puta, o caso do operoso ex-governador e ex-presidiário. O Brasil é assim mesmo: quem está no poder ou já foi preso ou vai ter a prisão revogada pelo STF. Não necessariamente nessa ordem.
Mas voltemos ao Egito, onde se realizou mais uma conferência sobre o clima. Segundo os pessimistas, as mudanças climáticas vão acabar com a vida na Terra nos próximos anos. Por sua vez, os otimistas já compraram passagem para a Lua ou Marte, onde pretendem recomeçar do zero a raça humana. É exatamente isso que Luís Lunático Lula da Silva pretende fazer no Brasil: usar toda a experiência desastrosa do passado para construir um novo Brasil. Para injetar sangue novo na administração, o repetista mandou chamar o Boulos, líder dos Sem Teto, para furar o teto de gastos. E a Gleisi Hoffman pra tocar o Movimento dos Sem Plástica, sem esquecer do Mantega para passar no pão dos pobres. Para a economia, deve ir o Haddad, que sempre foi bastante econômico nas suas votações e pretende acabar com o desemprego. A começar pelo dele.
Lula aproveitou que estava no Egito para lançar sua candidatura a faraó. Prometeu acabar com as emissões de carbono, com a devastação da Amazônia, com os combustíveis fósseis e com a pobreza. A começar pela dele, é claro.
Luís Ostentácio Lula das Silva chegou na conferência de jatinho. Aliás, jatinho não: já tenho! Eu também, quando era jovem e rico, possuía um imponente e poderoso jatinho. Um jatinho que despertava a inveja nos machos e a cobiça das fêmeas gulosas. Mas isso foi há muito tempo atrás, mais atrás do que há tempo propriamente dito.
A moderna aeronave foi emprestada pelo dono de uma farmacêutica, a Roubofarma que também doou muita grana pra sua campanha. É como se o Bolsonaro pegasse uma carona no avião do fabricante de cloroquina, reclamaram os críticos. Mas a direção do PT disse que não se pode cobrar ética nem moral de um governo que ainda nem começou a roubar. E completou: depois da tempestade, vem a gastança.
Brasileiro é assim mesmo, não dispensa uma boquinha. Enquanto Lula foi para o Egito, os magistrados do STF (Supremo Turístico Federal) se mandaram para Nova Iorque às custas dos milionários do LIDE. A desculpa era fazer palestras sobre a liberdade de ir e vir sem ser xingado na rua, nem parado pela alfândega, ou, a mais concorrida de todas, “perdeu Mané, não amola”, que tratou do vocabulário apropriado para se utilizar no Poder Judiciário.
Pois é, está todo mundo se arrumando. Menos eu, Agamenon Mendes Pedreira, o jornalista mais centenário do Brasil. Continuo pobre e miserável aqui, no meu Dodge Dart 73 enferrujado, que fica estacionado na Rua da Amargura, sem número, fundos. Os fundos, é claro, são da Isaura, minha patroa, que me sustenta sem nada cobrar. A dadivosa criatura, campeã da caridade, dá de comer a vários moradores de rua, surfistas e entregadores do IFood que fazem fila aqui na minha residência para provar a sua untuosa rabada. Confesso que estou tentando arrumar uma boquinha no Governo de Transação do PT, mas infelizmente não me encaixo em nenhuma das políticas identitárias: não sou afro descente, não pertenço a nenhum dos povos originários, nem sou trans LGBTQYW+, mas confesso que já fui lésbico.
Enquanto não arrumo nenhuma têta ou treta (o que vier primeiro já serve) no novo governo, continuo acampado na porta do Clube Militar, enrolado numa bandeira do Brasil, orando para Jesus para ver se os milicos param de jogar peteca, fazer sauna, nadar na piscina, jogar tênis e outras atividades bélicas dos militares da passiva, e saiam para nos salvar do comunismo de direita.
Agamenon Mendes Pedreira é jornalista e já tem um furo para sua próxima coluna: vai entrevistar o dedo perdido de Lula.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)