Adriano ‘patrãozão’
Na denúncia apresentada no ano passado contra Adriano Magalhães da Nóbrega, um dos chefes da milícia do Rio das Pedras, no Rio, morto ontem na Bahia, o Ministério Público descreveu o papel de "ascendência" que tinha sobre os demais do grupo, composto por 12 pessoas...
Na denúncia apresentada no ano passado contra Adriano Magalhães da Nóbrega, um dos chefes da milícia do Rio das Pedras, no Rio, morto ontem na Bahia, o Ministério Público descreveu o papel de “ascendência” que tinha sobre os demais do grupo, composto por 12 pessoas.
Em 2018, a polícia interceptou uma ligação em que uma pessoa não identificada explica a Júlio Serra, um dos integrantes da milícia, que estava negociando com Adriano uma dívida contraída com a organização.
“Já resolveu lá já, a gente tá resolvendo tá, ele falou pra tu não me cobrar mais não”, afirmou o devedor. Júlio pergunta qual era o acordo e ele responde: “O quê que acontece, ele vai conversar com o Adriano, que é o patrãozão né”.
Segundo as investigações, o grupo de Adriano vendia imóveis ilegais na região, cobrava taxas dos moradores para “segurança”, monopolizava o comércio de gás de cozinha e atuava como agiota.
Noutra ligação interceptada em 2018, Manoel Batista, o “Cabelo”, liga para um homem para saber se o chefe já havia pago a ele uma dívida.
“Ele mandou que lhe dar um dinheiro e eu esqueci, agora ele me ligou me comeu no
esporro por causa dessa porra”, disse Manoel, descrito como braço direito de Adriano
Para o MP, “a preocupação do denunciado Manoel em sanar, com a máxima urgência, a pendência verificada, evidenciando, de forma cabal, a natureza de sua subordinação, transparecendo, ao que parece, certo temor em relação a um dos líderes da matilha, o denunciado Adriano”.
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