ADPF: anteprojeto dificulta combate ao crime organizado
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Felix de Paiva, afirmou que o anteprojeto sobre proteção de dados para investigação criminal, revelado mais cedo por O Antagonista, dificulta operações de combate ao crime organizado...
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Felix de Paiva, afirmou que o anteprojeto sobre proteção de dados para investigação criminal, revelado mais cedo por O Antagonista, dificulta operações de combate ao crime organizado.
“Depois das eleições de 2018, ficou claro que o recado passado pela população nas urnas era de necessidade de comprometimento dos atores políticos com o combate à corrupção. Dificultar as investigações parece ir no sentido contrário”, disse Paiva.
“A Polícia Federal, bem como os outros órgãos de investigação, necessitam de todas as ferramentas possíveis para realizar apurações complexas. Medidas como essa dificultam que grandes operações de combate ao crime organizado, como as que o Brasil presenciou nos últimos anos, sejam realizadas.”
Ele também questionou a ausência de representantes da PF na comissão de juristas da Câmara, formada por Rodrigo Maia, que formulou a proposta.
“É incompreensível que a PF não tenha representantes na comissão que pretende apresentar projeto que altera acesso a dados numa investigação. Aliás o próprio Congresso Nacional aprovou a LGPD recentemente, garantindo expressamente que ela não se aplicaria ao acesso de dados durante investigações. O que mudou no cenário?”
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