Adiamento de PL das Fake News é derrota para governo Lula, Lira e vitória de Big Techs
O adiamento da votação do PL das Fake News, na noite desta terça-feira (2), representa uma derrota tanto para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quanto para o Palácio do Planalto; de quebra, representa uma vitória – ainda que parcial – às Big Techs – Meta (Facebook) e Google...
O adiamento da votação do PL das Fake News, na noite desta terça-feira (2), representa uma derrota tanto para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quanto para o Palácio do Planalto; de quebra, representa uma vitória – ainda que parcial – às Big Techs – Meta (Facebook) e Google.
Ao longo desta terça, Lira trabalhou intensamente para conseguir entregar ao Planalto a aprovação do projeto, tido como fundamental pelo governo Lula para coibir notícias falsas e, de quebra, reduzir o poder de fogo de adversários. Lira assumiu a linha de frente que, até então, era do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Com isso, o presidente da Câmara queria dar um claro recado ao governo: Padilha era um ser dispensável.
Sem Padilha na articulação, coube a Lira ligar para todas as lideranças. As partidárias e das bancadas temáticas. O presidente da Câmara só não contava com um detalhe: a resistência dos deputados mais conservadores e das Big Techs, que intensificaram a campanha contra a proposta desde sexta-feira passada.
Ao abrir a sessão de hoje, Lira foi claro: disse que só votaria o texto caso tivesse votos para aprová-lo. Antes de chamar o texto, o presidente da Câmara contou voto por voto. A realidade se impôs: hoje, terça-feira, o projeto seria derrotado.
A solução agora para Lira e para o Planalto é esperar duas semanas para que o tema seja digerido pelos deputados indecisos ou para que sejam feitas novas mudanças pelo relator, Orlando Silva (PCdoB). Até lá continuará a queda de braço entre Lira e Padilha.
Desta vez Lira foi derrotado, só não se sabe agora é se Padilha vencerá a guerra.
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